
Depois de reveladas as más condições de trabalho dentro da casa real luxemburguesa, sabe-se agora mais detalhes sobre o estado de tensão em que vivem os trabalhadores... Tudo por causa da tirania da grã-duquesa, Maria Teresa, revela um relatório oficial do Estado.
"Os funcionários estão em constante estado de ansiedade, com medo de serem repreendidos e perderem o emprego, e sempre excessivamente cautelosos com o que dizem. Não é um local de trabalho feliz", lê-se num relatório de 44 páginas assinado pelo ex-inspetor-geral das Finanças do Luxemburgo, Jeannot Waringo, divulgado no final de janeiro.
O antigo inspetor passou seis meses a entrevistar a equipa que gere o palácio grã-ducal, dois castelos e outras propriedades da família real. Do total de 89 funcionários a tempo inteiro, e outros 17 a tempo parcial, desde 2015 a corte perdeu 50 empregados, a maioria demitiu-se, outros saíram após o período de experiência.
"A gestão de recursos humanos levanta muitas questões. Se os trabalhadores são constantemente expostos a pressões, reais ou intuídas, o seu comprotamente pode mudar radicalmente. Vão adoecer com mais frequência e procurar emprego quanto antes", relata ainda.
A imprensa também divulga outros detalhes de como acontece a gestão dos recursos humanos na família real. "O pessoal está exausto e não consegue suportar as variações de humor e caprichos da grã-duquesa", diz o 'Le Quotidien', citado pela 'Sábado'. No 'The Letzebuerger Land' lê-se: "É ela quem toma as decisões e o [grão-duque] Henrique diz que sim a tudo".
Depois da divulgação do relatório, vai entrar em vigor uma nova organização da hierarquia no palácio, em que Maria Teresa foi excluída dos cargos e acabou por perder poderes.