
Bill Cosby tornou-se esta quarta-feira um homem livre, com a sua condenação de 2018 a dez anos de prisão efetiva por agressão sexual a ter sido anulada pelo Supremo Tribunal. Isto porque foi decidido que o promotor do caso era obrigado a manter a promessa do antecessor de não acusar formalmente o comediante.
A condenação deveu-se a atos cometidos pelo humorista de 83 anos no ano de 2004, quando fora comprovado que drogou e agrediu sexualmente Andrea Constand na sua residência, num dos capítulos mais significativos do movimento ‘Me Too’, sendo que Cosby fora também acusado por 60 outras mulheres por casos semelhantes.
A decisão foi recebida maioritariamente com indignação: a atriz Amber Tamblyn declarou-se ‘furiosa’, tendo declarado conhecer algumas das mulheres que Cosby terá alegadamente "drogado e violado, quando estavam inconscientes", enquanto que Janice Baker Kinney, uma das cinco mulheres que testemunharam contra a antiga estrela de televisão, e a acusadora Eden Tirl mostraram-se revoltadas com a decisão, de acordo com o 'The Philadelphia Inquirer'.
O próprio Bill Cosby já reagiu através do Twitter, escrevendo: "Nunca mudei a minha postura ou a minha história. Sempre mantive a minha inocência. Obrigado aos meus fãs, aos meus seguidores e à minha família."
I have never changed my stance nor my story. I have always maintained my innocence.
— Bill Cosby (@BillCosby) June 30, 2021
Thank you to all my fans, supporters and friends who stood by me through this ordeal. Special thanks to the Pennsylvania Supreme Court for upholding the rule of law. #BillCosby pic.twitter.com/bxELvJWDe5