
Há 10 anos, Iñaki Urdangarín foi o primeiro a envergonhar a Casa Real de Espanha devido ao seu envolvimento no caso Nóos por corrupção. Nessa altura, a infanta Cristina foi aconselhada, tanto pelo pai como pelo irmão, para que se divorciasse para salvar a coroa do embaraço e da vergonha.
Ela não aceitou. E sofreu as consequências desta sua decisão: foi afastada da família real, os seus filhos foram como que renegados e passou a viver isolada e sem apoio familiar. Ao longo destes 24 anos de casamento, a ex-duquesa de Palma ainda descobriu alguns casos extra-conjugais do marido.
Ainda assim, aguentou. Acreditou que poderia mesmo salvar este casamento que há muito que já estava ferido de morte. Perdoou várias vezes e apesar da distância que a prisão provocou no casal, a infanta Cristina acreditou que seria possível reabilitar a união que julgou ser para a vida.
Enganou-se! O marido não teve sequer o cuidado de não expôr a mulher a esta humilhação pública quando se passeou de mão dada com a amante à beira-mar ou quando em novembro jantou com ela em Biarritz, perante os olhares de todos.
Os espanhóis tomaram as dores da infanta. Consideram que ela merecia mais consideração depois de todos os sacrifícios que fez por Iñaki Urgandarín em nome do amor que nutre pelo marido. A opinião pública não poupa duras críticas ao antigo jogador da seleção nacional de andebol.