A princesa Delphine da Bélgica, que conseguiu em 2020 que o ex-rei Alberto II assumisse a paternidade, é fruto de um longo romance extraconjugal do ex-rei Alberto II com Sibila de Sélys Longchamps, na mesma altura em que o então príncipe da Bélgica estava casado há pouco tempo com Paola, agora ex-rainha.
Aos 17 anos, Delphine soube a verdade sobre as suas relações à família real belga mas só 29 anos depois, em 2015, iniciou um processo para exigir o reconhecimento da paternidade, uma vitória que alcançou em 2020 com testes de ADN a provarem cientificamente os argumentos da artista plástica.
Agora, numa nova entrevista ao programa 'Studio 156' da estação pública ,a princesa Delphine fala sobre as dificuldades que viveu ao longo da sua infância e revela que foi obrigada a calar-se quando era criança. Explica como foram difíceis os anos que antecederam o teste de paternidade e admite que sua mãe exigiu que ela permanecesse em silêncio durante muitos anos.
Delphine disse que o facto de ser frequentemente descrita na imprensa como um "escândalo" ou "filha ilegítima" tem sido muito angustiante: "Eu não sou um escândalo. Nasci como qualquer outra pessoa. Foram os outros que tornaram minha vida escandalosa."
Recusa-se a falar mal do pai, bem pelo contrário, a princesa garante que o relacionamento deles tem melhorado muito. "O maior presente foi voltar a ver o meu pai que conheceu meus filhos", diz Delphine que é mãe de Joséphine, que nasceu em 2003, e de Oscar, de 2008. Diz ainda que já não liga à opinião pública: "Quanto mais duras as pessoas forem, mais alegres se tornam as minhas obras. Transformo a dor em alegria", enfatiza a artista, garantido: "Continuarei a ser eu mesma, aconteça o que acontecer."
