
Crystal Hefner, a terceira e última mulher de Hugh Hefner, vai lançar um livro de memórias, ‘Only Say Good Things’, e tem levantado o véu sobre o quotidiano na mansão da Playboy e sobre a sua relação com o famoso fundador da revista, que faleceu em 2017: "Ele saltou mesmo a tempo. Os seus 91 anos de vida terminaram mesmo em cima do '#MeToo'. Coincidência? Acho que não", afirmou ao 'Daily Mail'.
"Toda a gente tinha perguntas. Nomeadamente anatómicas. [Eram] imemoráveis. O que quer que eu gostasse ou pensasse ou como quereria que uma noite corresse, não era isso", referiu, acrescentando: "A parte mais difícil de tentar ter uma relação com o ‘Hef’ é que era algo muito julgado. E com razão".
Crystal relata que Hugh Hefner aplicava um recolher obrigatório às 18 horas, para assegurar que ela estaria em casa para partilhar com ele a hora do jantar, que era sempre sopa de galinha com queijo creme e bolachas. Depois, viam os seus filmes preferidos e, no fim, era a altura da orgia.
"Era embaraçoso. Eu não sei qual foi o máximo de pessoas que estiveram no nosso quarto ao mesmo tempo, mas eram muitos. Era muito mau. Dizíamos coisas do género: ‘Oh, agora é a tua vez’. Ninguém queria mesmo estar ali, mas na cabeça do ‘Hef’ ele ainda pensava que estava nos seus quarentas e que aquelas noites, as pessoas, a mansão, solidificavam aquela ideia. Ele pensava que ainda tinha aquele carisma", explica.
Adicionalmente, revelou que Hefner consumia tanto viagra que o fez perder a audição num dos ouvidos, um dos efeitos secundários comprovados do medicamento: "O ‘Hef’ sempre disse que preferia ser surdo e ainda conseguir fazer sexo. Estranho", relata.
Crystal, que já retirou os implantes e os cabelos louros com que surgiu na capa da ‘Playboy, admite que, se conseguir completar o seu doutoramento em Psicologia, irá abandonar o apelido Hefner para passar a ser a Dra. Crystal Harris: "Se eu conseguir, acabou. Adeus", diz.