A coragem de partir a loiça toda! João Manzarra atira contra marcas que lhe enviam presentes
As figuras públicas recebem vários "mimos" das mais diversas marcas comerciais. Ao contrário do que é hábito, o apresentador da SIC deixa recado: "Antes de enviar coisas peço-vos que perguntem antes se tenho interesse em recebê-las".
João Manzarra fez o impensável, ou seja, não deixou de dizer o que pensa sobre os muitos presentes enviados pelas mais variadas marcas comerciais. Muitas vezes, tratam-se de "gentilezas" para que as figuras públicas façam uma espécie de publicidade gratuita nas suas redes sociais.
Agora, o apresentador, "remando contra a maré", escreveu uma espécie de carta a todas as entidades que lhe enviam estes presentes: "Caras entidades que gentilmente enviam coisas, espero que se encontrem bem e que não me levem a mal, mas antes de enviar coisas peço-vos que perguntem antes se tenho interesse em recebê-las".
Prosseguiu: "Na última vez que visitei a minha agência tinha um acumulado considerável de ofertas em meu nome. Agradeço a gentileza dos gestos mas a minha garagem finita não acompanha a generosidade. O problema, no entanto, vai além do armazenamento e da não utilidade dessas coisas na minha vida, o problema está na insustentabilidade que todo o enviar de produto traz com ele: a sua produção, a embalagem personalizada, o transporte e a minha deslocação para o levantar. Tudo isto sem o remetente conhecer o meu interesse no objecto em causa".
Mas João Manzarra chega até a dar exemplos: "Um dos envios (nada contra a marca), por exemplo, trazia uma água potável em garrafa de vidro dentro de uma caixa bem bonita, personalizada com o meu nome, cheia de papéis a explicar as suas propriedades, dentro de uma outra caixa maior com esferovite".
E continua o apresentador: "Por acaso água até é uma coisa que gosto, mas coincidência das coincidências não é que já tinha em casa? Receber 330 ml de água que viajou centenas de kms em vidro entregue numa caixa brilhante com o meu nome em roxo é fazer de mim Cleópatra, rainha do Egipto, filha do rei Ptolemeu. Só que eu sou o Joãozinho, nascido no Areeiro, filho da Célia e do Toni, regado a torneira desde os anos 80. E o Joãozinho está numa de deixar de acumular coisas. E também de se referir a ele próprio como Joãozinho por consideração ao sistema nervoso de quem o lê".
"Assim, caras entidades que gentilmente enviam coisas, se realmente acharem que faz sentido, antes de enviarem o quer que seja, iniciemos uma boa conversa. Assumo a minha parte na sociedade de consumo, mas ainda assim gosto de ter algum controlo nela. Abraço daqueles, João", terminou.