Depois de revolta, Tony Carreira falha audiência sobre trágico acidente de Sara Carreira
O cantor Tony Carreira mostrou-se indignado nas outras sessões do julgamento sobre acidente que vitimou a filha, Sara Carreira, e a sua ausência na última sessão chamou atenção.
Tony Carreira não esteve presente na sessão desta sexta-feira, 25, do julgamento sobre a morte da filha, Sara Carreira, num trágico acidente na A1 há quase três anos.
Ao contrário do que aconteceu nas duas sessões no mês passado, o cantor preferiu não estar presente no Tribunal de Santarém. A ex-mulher, Fernanda Antunes, ouviu tudo o que disseram os advogados e o Ministério Público (MP) no tribunal.
Tony mostrou-se insatisfeito no mês passado com os testemunhos dos quatro arguidos: Ivo Lucas, Cristina Branco, Paulo Neves e Tiago Pacheco.
No primeiro dia do julgamento, Ivo Lucas e Cristina Branco descreveram como foi o acidente no início da noite de 5 de dezembro, mas os dois relataram ter algum esquecimento do que se passou. No segundo dia, Paulo Neves também referiu ter algumas falhas de memória. Tony Carreira não gostou do que ouviu.
O cantor afirmou no final de uma das audiências ter "muita compaixão para dar e vender, mas não por mentira", rematando que "a amnésia está na moda nos tribunais".
Tony também se mostrou revoltado com o testemunho do condutor Paulo Neves, que afirmou estar a conduzir a 80 km/h, ao contrário da velocidade apresentada pelo MP: 28 km/h, somando-se também o facto de ter uma taxa de álcool de 1,18 gramas por litro de sangue (acima por permitido por lei – 0,5 gramas por litro).
"Tentem ir a 28 à hora para perceberem, mais ou menos, que estão parados", disse o pai de Sara Carreira aos jornalistas. "Ele chega aqui e diz que ia a 80 à hora. Portanto, isso são mentiras. É isso que eu quis dizer."
Advogado de Tony Carreira relata drama da família
Esta sexta-feira, 25, o advogado do pai de Sara Carreira declarou em tribunal que o seu cliente não quer indemnização e que "é preciso terminar o luto desta família".
Magalhães e Silva defendeu que os arguidos seguiam desatentos momentos antes do acidente e agora não se pode "assobiar para o lado". "Dá-se um abraço, dá-se um aperto de mão e diz-se lamento", sugeriu o advogado.
O MP pediu pena de prisão suspensa superior a 2 anos e meio para Ivo Lucas, pena suspensa superior a um ano para Cristina Branco, pena suspensa superior a três anos e meio para Paulo Neves e multa para Tiago Pacheco. A leitura da sentença será realizada no dia 12 de janeiro às 9h30.