Desesperado, José Castelo Branco desabafa: "Não estou a aguentar. Às vezes não sei como tenho forças..."

José Castelo Branco passou este sábado por Évora para assistir ao casamento de um casal de amigos.

Horas antes de ira para a igreja e depois no copo de água, o marchant d'art esteve a ser maquilhado e penteado e não resistiu a falar do processo de que é alvo, depois de alegadas agressões a Betty Grafstein, com quem foi casado durante 30 anos. Visivelmente combalido, o conde recordou a mulher, que está numa clínica privada em Nova Iorque.

"Isto só me faz pensar na Betty", começou por dizer enquanto era maquilhado, referindo que esta adorava esse processo do qual ele se encarregou anos a fio. "Só de pensar que ela está com aqueles abutres", disse referindo-se ao enteado Roger Basile, que a levou para os Estados Unidos depois desta ter apresentado queixa contra Castelo Branco.

Apesar das acusações que a mulher fez, aos médicos e na polícia, o conde continua sem acreditar na veracidade das mesmas e só lamenta que a joelheira americana agora esteja tão longe. "O meu coração está com ela. Não consigo estar bem nesta festa", disse, mostrando-se abalado e explicando: "Tenho que fingir que está tudo bem."

"A cabala que me fizeram...", acrescentou, apontando o dedo depois a Roger Basile, à antiga amiga Marcela Fernandes... e a Abel Dias, o único que nunca diz o nome, referindo-se a ele apenas como um cronista do social, ou jornalista. "Só diz mentiras", avisa. "

Ele só apareceu para desgraçar a minha Betty", continua, referindo que este há 20 anos que não via a Betty. "A última vez que a tinha visto foi em 2003 ou 2004 para umas decorações de Natal lá em casa", relembrou. "Essa bicha velha e horrorosa".

Depois acusou Marcela de ser ladra. "Ficou-me com sete malas Louis Vitton, e mais uma que ela me minha tinha dado do chinês... e outra cheia de luvas de canhão", acusa dizendo "não conseguir conceber" o que a levou a virar-se contra ele. 

As palavras da polícia

De resto, o conde durante a conversa, passa a pente fino tudo o que passou, inclusive o momento em que foi detido. "Um dos que me levaram, o polícia principal, olhou-me nos olhos e disse que sabia a verdade toda. E como é que era possível eu ser tão ingénuo", lamentava, dizendo que o seu grande mal, para além da ingenuidade é perdoar que lhe faz mal: "Essa éa razão para me odiarem."

Durante a conversa por diversas vezes, Castelo Branco lamenta não estar com a mulher. "Não vejo a Betty desde o dia 2 de maio", explicou, recordando que foi o dia em que me tornou "predador", referindo-se às acusações de que é alvo e depois virando-se contra os médicos. "Foram eles que me denunciaram porque eu os tratava mal, para proteger a minha Betty. Até um homem com pneumonia puseram ao pé dela. Eu disse para o tirarem dali, que a minha Betty tinha 95 anos. E vai daí ela apanhou pneumonia porque eles não fizeram o que eu disse", diz em tom acusatório num vídeo de mais de 30 minutos. "Eles eram péssimos", volta a apontar o dedo.

E continua. "Tiraram-me a pessoa que tratei durante 30 anos. Fizeram-na senil. Tanto que ela hoje fala sem sentido nenhum. Disse que eu a tinha posto num caixão de madeira e que o tinha incendiado. Também disse que eu a tinha atirado de um terceiro andar", explica, garantido que tudo isto não passam de delírios de uma pessoa doente. 

Quando a maquilhadora e a fotógrafa presente o questionam sobre o que vai fazer, o conde apenas mostra resignação. "Não posso perguntar porquê. Só tenho que aceitar. Tiraram-me tudo, a minha Betty, a minha honra, tiraram-me a roupa, até a interior que levei anos a colecionar. E agora estão a matá-la, coitadinha da minha Betty", lamenta, explicando a quem o ouve: "Não estou a aguentar. Às vezes não sei como tenho forças..."