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Drama

Da glória ao esquecimento! Clara Pinto Correia obrigada a dar explicações para pagar as contas

Nome respeitado entre a intelectualidade nacional e internacional, a bióloga e escritora teve 3 casamentos, debateu-se contra uma depressão, adotou duas crianças, enfrentou problemas financeiros sérios e sobreviveu a um grave acidente. Hoje, vive longe de Lisboa e está retirada da luz dos holofotes.
05 de janeiro de 2025 às 10:51
Clara Pinto Correia
Clara Pinto Correia
Clara Pinto Correia
Clara Pinto Correia
Clara Pinto Correia
Clara Pinto Correia
Clara Pinto Correia
Clara Pinto Correia
Clara Pinto Correia

Durante anos foi uma das figuras mais importantes e influentes da sociedade portuguesa. Hoje, pouco se sabe da bióloga e romancista. Virou costas a Lisboa e vive em Estremoz, no Alentejo. Arredada do palco que foi dela durante décadas. Em entrevista à revista 'Sábado', Clara Pinto Correia revela como tem sido a sua vida que mais parece uma verdadeira montanha-russa. 

Há casos que são indossiáveis do seu nome como a exposição de fotográfica 'Sexpressions' – também conhecida por 'Os Orgasmos de Clara Pinto Correia'. Composta por 10 fotografias com expressões da bióloga a ter orgasmos, esta exposição deu muito que falar e teve grandes consequências na sua vida.

"Fiquei sem emprego, sem qualquer espécie de trabalho. Primeiro que começasse a receber o subsídio de desemprego foram quase dois anos. Nas filas da Segurança Social olhavam para mim de esguelha. A minha senhoria da casa no Penedo [perto de Colares, Sintra] pôs-me uma ordem de despejo. Há 30 anos que lhe arrendava a casa e dava-me lindamente com ela", assume com mágoa.

Além disso, há ainda a polémica, em 2003, em que foi acusada de ter plagiado um dos seus artigos de opinião para a revista 'Visão'. Clara Pinto Correia recorda: "Eu estava nos Estados Unidos. Na altura não havia Google. As pessoas começaram a ligar-me para casa, a dizer que eu tinha plagiado não sei o quê. Nem sequer sabia do que estavam a falar. No segundo dia, telefonou a minha mãe a dizer: 'Não respondas a nada do que as pessoas te perguntarem. Estão a aproveitar tudo o que dizes para fazerem de ti parva.' E eu calei-me", contou.

"Telefonou-me um amigo a dizer que [no noticiário] estavam a fazer uma mesa-redonda sobre o plágio e por baixo passavam em letras pequenas 'explodiu o Space Shuttle'. Percebi o que tinha acontecido. Deixei o texto aberto sobre Vaclav Havel [presidente da República Checa de 1993 a 2003], que tinha traduzido, guardado e assinado com o nome da pessoa [colunista David Remnick], para citar. Mas eram 3h da manhã e eu estava completamente estafada. Depois deixei cair. Foi colado às outras partes que escrevi. Quando cheguei a Lisboa, três semanas depois, já não ia dizer nada" lembrou a catedrádica jubilada à 'Sábado'.

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