
A polémica entrevista de Cristiano Ronaldo ao jornalista britânico a Piers Morgan não versou apenas o futebol e os seus problemas no Mancheser United. O capitão da Seleção Nacional recordou também o tormento que passou toda a família aquando a morte do irmão gémeo de Bella Esmeralda.
O craque português recordou um dos momentos mais difíceis que teve de enfrentar: contar aos quatro filhos que em casa aguardavam a chegada dos gémeos: "A Georgina chegou a casa e os miúdos começaram a perguntar. Onde é que estava o outro bebé?", lembrou.
E continua a desfiar as dolorosas memórias: "Os miúdos começaram a dizer ‘mãe, mãe, onde está o outro bebé…’… Uma semana depois eu disse: ‘Vamos ser frontais e honestos com eles, vamos dizer que o Ángel, que é o nome dele, foi para o céu…".
"Os miúdos perceberam. Temos conversas à mesa e eles dizem, ‘pai, fiz isto para o Ángel’ e apontam para o céu. Gosto disso, porque ele faz parte das nossas vidas. Não vou mentir às crianças, digo a verdade, o que é um processo difícil", disse ainda Cristiano Ronaldo.
Mas há mais revelações. Cristiano Ronaldo contou que guarda as cinzas do filho junto às do pai, e que fala com o pequeno Ángel "todos os dias". "Falo com eles a toda a hora, e eles estão ao meu lado. Ajudam-me a ser uma pessoa melhor, um pai melhor. Estou orgulhoso por isso. A mensagem que eles me enviam, especialmente o meu filho", disse.
E admite: "Foi o momento mais difícil que passei na vida desde que o meu pai morreu. Quando tens um filho esperas que tudo seja normal, e quanto tens um problema assim é duro. Eu e a Georgina passámos um momento difícil, porque não percebíamos porque razão aquilo nos estava a acontecer. Foi difícil".