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Nacional

Ato de alegado racismo abafado pelas redes socias… mas Dino D'Santiago não se cala e apela à mudança

O cantor cabo-verdiano foi recentemente vítima de um alegado episódio de racismo que envolveu um taxista. Partilhou esse momento nas redes sociais, mas acabou por ver a sua publicação bloqueada após várias denúncias.
26 de novembro de 2022 às 12:35
Dino D'Santiago
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Dino D'Santiago partilhou recentemente no seu Instagram um alegado episódio de racismo de que foi vítima na quinta-feira, dia 24 de novembro, quando um taxista se recusou a transportar o cantor do Coliseu dos Recreios até à Amadora. Indignado, o jurado do 'The Voice' partilhou esse episódio nas redes sociais que acabou por ser bloqueado.

Porém, o artista não se deixou ficar e esta madrugada, dia 26 de novembro, fez uma publicação no Instagram, onde se pronunciou sobre a situação.

"Desativei os comentários na partilha que o Facebook e Instagram acabou de me bloquear, porque a troca de mensagens de ódio e insultos a terceiros, já nada tinha a ver com o propósito do meu manifesto de pura indignação, que foi acontecendo durante toda a minha vida e pela primeira vez tive a oportunidade de captar", começou por dizer o artista explicando o motivo que o levou a desativar os comentários.

Em muitos deles o cantor foi acusado de se precipitar na avaliação do caso, com muitos internautas a dizerem que passaram por semelhante situação e não têm descendência africana. Outros salientam que o único crime foi cometido por Dino, que gravou o momento sem consentimento.

O cantor cabo-verdiano acrescentou ainda que esta situação que aconteceu com ele, "infelizmente" acontece recorrentemente. Contudo, o artista contou que voltou a apanhar um táxi, que desta vez, ao contrário do outro, lhe prestou o serviço e o levou a casa. O taxista concordou com a denúncia feita pelo artista, pois não compreendeu a atitude do colega.  

De seguida, Dino D'Santiago deixou um apelo pedindo que as coisas se normalizem. "Enfim… o meu apelo é para todos os filhos e filhas dos subúrbios que durante toda uma vida foram obrigados a esconder as suas moradas e origens, para que o simples acto de utilizar um serviço público não fosse considerado 'uma ameaça'. Não façam como eu fiz durante a minha vida toda, ficar no silêncio, aceitando e normalizando porque afinal 'é assim'".

"Pode e será diferente. Só depende de nós a mudança. (...) Podem Bloquear as nossas partilhas, mas nunca bloquearão a vontade de Mudança por um Mundo Novo", rematou o cantor cabo-verdiano.

Entretanto, a Associação Nacional Táxis Unidos de Portugal (ANTUP) enviou um comunicado, reagindo publicamente ao caso.

A ANTUP "lamenta a situação" ocorrida e relembra que o artigo 17 da lei 251/98 esclarece que "os táxis devem estar à disposição do público, existindo algumas exceções para a recusa do mesmo".

A organização pediu que qualquer tipo de situação onde a lei "não seja cumprida" deve "ser denunciada em sede própria" a fim de seguir os trâmites legais, mas considera que a denúncia feita na Internet pelo cantor "apenas denigre a imagem de um setor de forma abrangente incitando ao ódio". "É uma atitude que também lamentamos."

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