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Polémica

Cancelado: Carla Chambel revoltada ao ficar sem trabalho por motivos políticos

Quando se preparava para subir ao palco no dia 10 de Setembro a atriz teve uma surpresa. Uma força política contrária à que está no poder achou que a subida ao palco daquela obra tinha cariz político e esta acabou por não ser exibida
Por Hugo Alves | 12 de setembro de 2021 às 18:13
Carla Chambel
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Carla Chambel, 44 anos de idade, preparava-se para subir ao palco no Fórum Cultural de Alcochete, na sexta feira, 10 de setembro, quando viu o espetáculo cancelado por razões políticas. De acordo com a atriz, um partido da oposição da Câmara de Alcochete apresentou fez queixa à Comissão Nacional de Eleições e "fez com que a mesma comissão emitisse um parecer de adiamento de todas as iniciativas culturais" programadas pelo Município de Alcochete, até às eleições autárquicas.

Revoltada, a artista que teve de ultrapassar o ano e meio de pandemia, em que a cultura ficou suspensa, recorreu às redes sociais para denunciar o caso e apresentar toda a sua indignação. "O espetáculo 'Medeia' foi adiado. Não, não houve nenhum surto de nenhum vírus pandémico. Ou talvez um outro tipo de doença esteja impregnada nas mentes de quem age desta forma, a prejudicar o público, a cultura e os seus profissionais", acusou.

Segundo a atriz de 'Terra Nova', série que passou há pouco na RTP, esta queixa partidária "significa que durante as duas próximas semanas não haverá teatro, nem concertos, nada!" Ainda de acordo com Carla Chambel, a queixa prendia-se por a peça "estar a ser usada para propaganda eleitoral".

A atriz afirma que esta decisão abre um precedente "gravíssimo", por outros políticos poderem tomar este tipo de iniciativas. Pior, sente-se "impedida de exercer a profissão por razões políticas". "Isto cheira-me a outros tempos", alerta, numa clara alusão à censura do tempo do Estado Novo.

A atriz diz sentir-se "indignada, revoltada, profundamente triste por não pisar o palco ao lado dos meus colegas, e não chegar ao público por razões destas". Carla Chambel recebeu a solidariedade de vários companheiros de profissão, como Quimbé, António Capelo, Joana Seixas ou Sofia Grillo. "É inconstitucional", atirou Grillo.

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