
Há três meses que Rute Cardoso, de 28 anos de idade, perdeu o marido e os três filhos perderam o pai, o antigo internacional português, Diogo Jota, vítima de um brutal e estúpido acidente em Espanha, a caminho de Inglaterra, na companhia do irmão, André Silva, que também perdeu a vida a 3 de julho. Uma dor incomensurável, difícil de ultrapassar.
Num tempo em que busca respostas, Rute Cardoso procura perceber as razões que levaram a perder o seu amor maior tão cedo e de forma tão trágica. No regresso a Portugal, a viúva de Jota tem encontrado o conforto e o apoio necessários junto da famílie e dos amigos e, acima de tudo, na enorme fé que a ajuda a não cair e a permanecer forte para cuidar dos filhos.
Sentimentos que têm estado presentes nas várias aparições públicas que fez, com a jovem de Gondomar a apostar nos gestos simbólicos para mostrar, em primeira instância, que o jogador estará sempre presente na sua vida, em tudo o que faz e, depois, para revelar como a fé a tem salvado no meio da dor.
Na gala da Bola de Ouro, que aconteceu em Paris, a 22 de setembro, Rute voltou a vestir-se de branco em homenagem ao marido, que a chamava carinhosamente de ‘Branquinha’ e, na mão, não passou despercebido o terço que envergava. Já semanas antes, tinha mostrado a sua ligação à espiritualidade ao marcar presença, durante a noite, no Santuário de Fátima para erguer a sua aliança de casamento a Nossa Senhora, num gesto comovente que fez questão de partilhar com os seguidores nas redes sociais.
Numa altura de muitas indefinições e mudanças, são estas pequenas coisas que a mantêm à tona, além de, claro, o amor pelos filhos, que a enchem de vida no dia a dia.