
Em agosto de 2012, tomou uma das decisões mais difíceis da sua vida: abdicar de ser o líder máximo da Igreja Católica. Depois de estar convicto do seu passo, Bento XVI comunicou a futura renúncia a apenas quatro pessoas muito chegadas. A razão era clara, o Papa alemão estava fisicamente debilitado e exausto. A saúde não lhe permitia que continuasse a sentar-se na cadeira de São Pedro, no Vaticano.
"Sentia-se cansado para fazer viagens, celebrações, audiências. E isso acabou por se confirmar com o passar do tempo. Foi uma decisão totalmente lógica, e o tempo não faz nada além de confirmá-la", garantiu Federico Lombardi, presidente da Fundação Vaticana Joseph Ratzinger e porta-voz do Vaticano durante o papado de Bento XVI e parte do de Francisco.
Na noite de 28 de fevereiro de 2013, anunciou a intenção de abdicar e, desde então, o mundo passou a ter dois Papas: Francisco e o papa emérito, pois Joseph Ratizinger foi o primeiro, em 600 anos, a renunciar ao cargo mais alto da hierarquia católica. Já como emérito, fez de tudo para ter uma vida discreta longe do mediatismo que nunca quis e que tanto o desagradava. Recolheu-se no mosteiro Mater Ecclesiae, na Colina do Vaticano, acompanhado pelo seu secretário pessoal, Georg Gänswein, e quatro leigas, sem nenhum tipo de voto ou hábito, chamadas Memores Domini de Comunhão e Libertação, que o assistiam nas suas atividades diárias.
Já como emérito, fez de tudo para ter uma vida discreta longe do mediatismo que nunca quis e que tanto o desagradava. Recolheu-se no mosteiro Mater Ecclesiae, na Colina do Vaticano, acompanhado pelo seu secretário pessoal, Georg Gänswein, e quatro leigas, sem nenhum tipo de voto ou hábito, chamadas Memores Domini de Comunhão e Libertação, que o assistiam nas suas atividades diárias.
Ele, que era um intelectual e um teólogo respeitadíssimo, passou a ter uma vida regida pela disciplina. Levanta-se todos os dias às 7h45, "um pouco mais tarde do que antes", assistia à missa, lia o breviário, tomava o pequeno-almoço, retirava-se para orar, ler e pôr a correspondência em dia. Por vezes, raras, recebia algumas visitas antes do almoço. Almoçava p
Ele, que era um intelectual e um teólogo respeitadíssimo, passou a ter uma vida regida pela disciplina. Levanta-se todos os dias às 7h45, "um pouco mais tarde do que antes", assistia à missa, lia o breviário, tomava o pequeno-almoço, retirava-se para orar, ler e pôr a correspondência em dia. Por vezes, raras, recebia algumas visitas antes do almoço.
Bento XVI jantava sempre às 19h30, antes de assistir ao telejornal italiano e ler a última oração na capela. Joseph Ratzinger "escolheu uma vida monástica. Ele só sai quando o Papa Francisco pede. Quanto ao resto, ele não aceita outros convites."
"Bento XVI tem alguns problemas com as pernas, mas a cabeça funciona perfeitamente", revelou há alguns anos o seu secretário pessoal. "Nas últimas semanas, voltou a tocar piano com mais frequência. Especialmente Mozart. Mas também outras peças que lhe vêm à mente, que ele toca de memória", disse ainda Georg Gänswein.