
Esfumou-se! Depois de ser tornado público o escândalo financeiro na agência 'Notable' ninguém mais conseguiu pôr os olhos em cima de Manuel Santana Lopes, supostamente o único responsável pela fraude de 300 mil euros que lesou Carolina Patrocínio e Tiago Teotónio Pereira.
Com o seu rosto exposto na televisão, jornais, revistas e na internet, o antigo chefe de operações e 'associate partner' da empresa de Inês Mendes da Silva apagou as suas contas nas redes sociais e desligou o telefone. Todas as tentativas de contacto têm-se revelado infrutíferas. Não há qualquer sinal de vida de Manuel Santana Lopes. Não se sabe sequer se estará em Portugal.
A última vez que se soube do homem que está a ser acusado de ter desviado uma soma tão grande de dinheiro a dois agenciados da 'Notable' estava no Rio de Janeiro, no Brasil, a festejar o Carnaval. O sobrinho de Pedro Santana Lopes viajou para Terras de Vera Cruz com um grupo de amigos.
Mas com este escândalo há uma questão que se levanta: de onde vem todo este dinheiro que não chegou à conta de Carolina e de Tiago? Trata-se de pagamentos devidos à apresentadora da SIC e ao ator da TVI por trabalhos na área da publicidade. Como a maioria dos contratos são tratados entre os clientes/marcas e a agência que representa os famosos, terminado o trabalho o pagamento é feito à agência.
Esta tira a sua comissão e só depois é feita a transferência da quantia devida aos famosos. E é aqui que entra Manuel Santana Lopes. Segundo a SIC o homem de confiança de Inês Mendes da Silva, CEO da agência, usurpou "a identidade do marido de Carolina Patrocínio, Gonçalo Uva", criando um e-mail falso: "Conseguiria assim direcionar para a sua conta bancária o montante de várias faturas destinadas à apresentadora", revela a SIC. Diga-se ainda que os email's eram endereçados à contabilidade da própria agência e não às marcas.
Os famosos em questão acabaram por perceber que passavam faturas de dinheiro que nem sequer recebiam. Terá sido desta forma que se desmontou o esquema montado por Manuel Santana Lopes para se apropriar indevidamente de quantias que não eram suas. O "superagente" - tão apreciado por todos - começou por negar a burla de milhares, mas acabou por confessar tudo.