
José Cid ainda não recuperou da avaliação que recebeu na primeira semifinal do Festival da Canção, em fevereiro – 1 ponto do júri, 6 do público – e atacou Luísa Sobral e Sara Tavares, membros do júri nesta última edição.
"Eu fui aos 76 anos cantar no Festival da Canção. O Miguel Ângelo, o Fernando Tordo e o Jorge Palma foram convidados para compor, mas ir cantar está quieto. Eu fui cantar", começa por explicar o cantor em conversa com Daniel Oliveira no último sábado, 26.
"Adorei a canção e fui cantá-la sozinho, arriscando bastante, sabendo que me ia sujeitar a juízos de valor que podiam ser até estranhos e pouco corretos porque uma Luísa Sobral, uma Sara Tavares não podem dar zero a um José Cid, como eu nunca lhes daria a elas e muito mais sem razão nenhuma", declarou.
"Não é elegante, não é justo, é perverso e é premeditado, só isso. Portanto, a falta de respeito que tiveram comigo chocou-me e revoltou-me", referiu o autor de 'O Som da Guitarra É A Alma De Um Povo', que voltou a pisar o Festival da Canção 50 anos depois da sua primeira atuação.
Convencido da canção que escreveu, José Cid argumentou apareceu com "um enorme poema, uma grande canção muito portuguesa". Cantei-a sem uma falha, o que aos 76 anos é complicado no planeta inteiro. Só por isso, essas pessoas mais jovens e os outros que estavam ali deveriam ter pensado: 'Este gajo, com esta idade, canta assim, como é que nós aos 50 anos estaremos?'".
José Cid é um dos músicos com mais apresentações no Festival da Canção, 15 ao todo, mas só em 1980 conseguiu vencer a edição portuguesa do Festival, tendo conquistado o 7.º lugar na Eurovisão com 'Um Grande, Grande Amor'.
Recorde-se que há cerca de uma semana o música entrou em polémicas com Tony Carreira. "Ele nem sequer é cantor, é um produto de marketing! Eu ficaria ofendido se fosse o Jorge Palma, o Paulo de Carvalho, o Carlos do Carmo, o Represas, a falarem assim de mim. Agora com o Tony não fico ofendido", atirou em resposta a acusações do cantor romântico.