O Presidente da República anda sempre com comprimidos no bolso, lê todas as bulas de medicamentos que lhe aparecem à frente e mede a tensão arterial regularmente. Conheça todas as manias de Marcelo, que o próprio tem revelado ao longo destes anos.
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Ana Cristina Esteveira |23 de abril de 2017 às 10:39
Marcelo Rebelo de Sousa não esconde de ninguém que é um "hipocondríaco militante". Para além das doenças que lhe foram efetivamente diagnosticadas, como por exemplo alergias e problemas respiratórios associados, e uma úlcera duodenal, o Presidente da República sofre com as maleitas que, por vezes, surgem apenas na sua cabeça. Exemplo disso, foi quando Marcelo, numa viagem a Estocolmo, na Suécia, se convenceu que tinha hepatite. Regressou de urgência a Lisboa para consultar um médico de confiança. Depois de examinado, chegou-se à conclusão que tudo não passara de pura imaginação.
O Presidente da República já revelou que a mania das doenças é algo que lhe vem de longe. Era ainda um rapazote, de pouco mais de 10 anos de idade, e já se mostrava obcecado com as doenças. Vem-lhe também desse tempo o hábito de ler tudo sobre medicamentos, incluindo as bulas.
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Apesar de ser o mais alto magistrado da nação, Marcelo Rebelo de Sousa continua a entrar nas farmácias para se manter informado sobre as mais recentes novidades quanto a medicamentos. "Tenho um leque amplo de farmácias onde vou, com gosto e frequência, o que me permite comparar e escolher melhor em cada momento. Não sou um utente comum", confessa. Entre as suas manias está a de andar permanentemente com uma caixinha de comprimidos no bolso, soro fisiológico e toalhitas. Mede a tensão arterial e a temperatura com uma regularidade fora de comum, além de garantir que conhece "em profundidade" todas as doenças que o assolam.
Mergulhos no mar
Os mergulhos regulares no mar, tanto no verão como no inverno, nada têm de incongruentes para quem é hipocondríaco. Antes pelo contrário. Marcelo acredita que estes banhos de água fria o ajudam a fortalecer o seu sistema imunológico.
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Por falar em mergulhos, convém recuar no tempo e recordar as braçadas que deu nas águas poluídas do rio Tejo. Marcelo Rebelo de Sousa,na altura candidato à Câmara Municipal de Lisboa, mediu todos os riscos para a sua saúde. Admitiu em entrevista: "Perguntei ao meu vizinho, futuro bastonário da Ordem dos Médicos, José Germano de Sousa, com o qual me encontrava dia sim dia sim - nenhum de nós se deitava sem tomar um copo com o outro - e perguntei-lhe se havia uma vacina, nomeadamente para a hepatite. Ele disse que havia mas que supunha três doses e já não havia tempo. A decisão foi tomada muito em cima da concretização. Tinha de correr o risco. Mas, por exemplo, sendo hipocondríaco e sendo normalmente friorento, não sinto o frio da água do mar quando nado. Os hipocondríacos em muitas situações colocam entre parêntesis as manias das doenças".