Susana Gravato, de 49 anos, foi assassinada na própria casa, em Gafanha da Vagueira. Foi o marido o primeiro a chegar ao cenário do crime. Avisado por uma amiga, que estava ao telefone com a vereadora do PSD da Câmara de Vagos no preciso momento em que se ouviu um tiro, correu para casa mas já não foi a tempo de salvar a mulher,
Encontrou-a em paragem cardiorrespiratória e chamou a ajuda do 112. Mas já nada havia a fazer. De acordo com o 'Correio da Manhã', o corpo apresentava graves ferimentos na cabeça e encontrava-se tapado dos pés à cabeça com uma manta quando o marido encontrou o corpo.
Depois, este homem, que é tesoureiro da Junta de Freguesia da Gafanha da Boa Hora, acreditou que o filho de 14 anos pudesse ter sido raptado pelos mesmos homens que lhe tinham matado a mulher. Veio a descobrir que o drama era ainda pior: foi o próprio filho que havia baleado Susana Gravato.
Neste momento, vive o pior dos pesadelos. Enterrou a mulher e ainda não viu o adolescente que está num centro educativo. Na rubrica 'Crónica Criminal', do programa 'Dois às 10', desta segunda-feira, 27, foi revelado que o pai ainda não visitou o filho por este estar - ao que se sabe - em regime fechado.
"Pelo que foi transmitido, ele está em regime fechado. Ele não pode sair, nem pode ter contacto com ninguém, o que é natural", esclareceu a psicóloga Vera de Melo, acrescentando: "Faz parte, numa fase inicial, até para garantir que ele se adapta à realidade. Nós não sabemos é como é que ele está: está em choque, está alienado, sabe aquilo que aconteceu?".
E prosseguiu a psicóloga: "Nada foi dito sobre como é que ele está. Se ele tem noção da gravidade do ato praticado, se ele sabe o que fez...? Saiu a notícia de que ele terá dito que foi 'por raiva', é a única coisa que sabemos sobre ele. Nem sabemos se ele está orientado no tempo e no espaço. Não sabemos nada disso! Não sabemos se está medicado."
