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"Ouvi-lo a dizer que se sentiu em paz com a morte do pai é muito forte" diz escritor sobre Carlos Moedas

O presidente da Câmara Municipal voltou a falar do "inferno" que viveu na infância numa entrevista recente.
Por FLASH! | 02 de julho de 2025 às 14:27
carlos moedas
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Luís Osório
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Carlos Moedas
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Luís Osório
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Carlos Moedas

"O presidente da Câmara de Lisboa voltou a falar do pai. Um homem respeitado em Beja, fundador do Diário do Alentejo, mas cedo perdido para o álcool. Voltou a falar do inferno. Do que sentia nas noites em que rezava (sem rezar) pelo dia em que o pai pudesse chegar normal a casa", começa assim o 'Postalinho' que Luís Osório dedicou a Carlos Moedas e tendo por base a entrevista que o edil deu a Daniel Oliveira para o programa 'Alta Definição', da SIC.

O escritor prossegue: "Da força com que fechava os olhos quando ele punha as chaves à porta na esperança de escutar uma voz mansa e carinhosa, na esperança de que o pai lhe entrasse o tapasse ou lhe perguntasse pelas notas, pelos sonhos, pelas dúvidas, pelas namoradas, pelo que fosse" e acrescenta também: "Num tempo de tão cruel frieza não posso deixar de dizer que Carlos Moedas merece a consideração dos que acreditam na empatia, na força dos sentimentos, na coragem de uma exposição que nos torna a todos mais humanos. Não tem nada a ver com o voto, mas com esta coisa de sermos gente, pessoas inteiras."

"Ouvi-lo a dizer que se sentiu em paz com a morte do pai é muito forte e muito bonito. Sei bem o que é, Carlos. Sentirmo-nos confusos pela paz que nos chega com o fim da dor de quem amamos, sentirmo-nos culpados com a vontade de que o funeral passe depressa para podermos ter finalmente a nossa vida", assumiu Osório. 

Mas o escritor acaba ainda por confidenciar dirigindo-se de forma direta ao edil: "Caro Carlos. Sei que a vida do pai foi marcante, mas se pudesse escolher preferia conhecer a Maria de Lurdes, a mãe que aparou todos os golpes para que o filho pudesse ter um futuro. A sua mãe. A que punha o melhor na mesa para si. A que lhe dizia sempre que já tinha jantado… a si e à sua irmã mais velha".

E termina Luís Osório: "A irmã que foi uma segunda mãe e confidente, que se apagou para o Carlos poder brilhar, a que tem uma admiração infinita por si, a que ficou a chorar no dia em que foi viver para Paris, o dia em que uma bolsa de estudo o salvou de se perder. Chorou de alegria, Carlos. Chorou de muita alegria pelo irmão que amava, o irmão cheio de talento que não podia continuar a estar preso numa casa em que o futuro já não tinha arranjo. Era isto. Hoje era isto."

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