
José Rodrigues dos Santos deu, há um ano, uma entrevista ao colega Vítor Gonçalves, na RTP3, para falar dos romances que tinha publicado – a saber, 'O Mágico de Auschwitz' e 'O Manuscrito de Birkenau' – e o facto gerou uma onda de indignação de alguns, famosos e anónimos, que fizeram sete queixas contra o romancista na Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC). À época, nas redes sociais, choveram pedidos com vista à sua expulsão da estação pública.
Agora, um ano depois, a ERC decidiu que as queixas não fazem sentido e inocenta a RTP e o jornalista, de 57 anos. "A ERC delibera não dar provimento às participações, por não terem sido ultrapassados os limites à liberdade de programação, inserindo-se a entrevista numa esfera de liberdade editorial."
A tal entrevista "bombástica" foi emitida em 18 de novembro de 2020, na RTP3, e, dias depois, o jornalista Carlos Vaz Marques publicou no Twitter um excerto de 22 segundos da mesma, acusando o pivô do 'Telejornal' de branquear, com as suas teorias, a verdade histórica do nazismo e a matança de judeus.
A Carlos Vaz Marques, que conduz na SIC 'O Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer', juntou-se a historiadora Irene Pimentel e a polémica espalhou-se em artigos de opinião em jornais, obrigando José Rodrigues dos Santos a explicar que nunca defendeu que as câmaras de gás eram "uma forma mais humana" de matar judeus. À TV Guia, o jornalista jura que "o assunto está arrumado" e não pretende, portanto, "alimentar mais polémicas".
Toda a história na edição desta semana da TV Guia, já nas bancas.