
Nos últimos tempos, Luís Figo tem feito várias afirmações de cariz político, nomeadamente contra o primeiro-ministro Pedro Sánchez e partidos da esquerda espanhola, que lhe valeram alguns anticorpos neste setor em Espanha. Agora retirado dos relvados, o antigo internacional português continua a trocar galhardetes com o político Gabriel Rufián.
Tudo (re)começou quando o porta-voz da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) afirmou: "Trabalhar não é estar numa bancada a aplaudir para legitimar uma instituição antidemocrática e corrupta. É estar numa cadeira a votar pelo aumento do salário mínimo e das pensões. E muitos dos que fazem o primeiro não fazem o segundo."
O antigo jogador de 51 anos, que se tornou ‘persona non grata’ para muitos catalães quando em 2000 trocou o Barcelona pelos eternos rivais do Real Madrid, ripostou: "Trabalhar é votar? Que duro!", escreveu na rede social X, ao lado de uma imagem que mostra a remuneração anual de Rufián, cerca de 127 mil euros.
Trabajar es votar ? que duro!! https://t.co/aM9i2BtQX0 pic.twitter.com/LrkIglNUo7
— Luís Figo (@LuisFigo) November 29, 2023
"Duro é trabalhar e defraudar, Luís", respondeu o político do partido catalão, que alcançou 3,63% nas eleições gerais de julho, fazendo referência à dívida de 2,4 milhões de euros que Luís Figo foi obrigado pelos tribunais a saldar, em 2012, recebendo a seguinte reação do português: "Gabriel, parece-me que no último exercício paguei para que votasses."
Já neste mês, Figo já havia feito várias provocações a Gabriel Rufián, adjetivando-o de "pseudo-catalão", mas a "guerra" começara muito antes. Em 2020, por exemplo, escreveu: "Paguei mais ao fisco a dormir do que tu acordado em toda a tua vida."