
Catarina Bastos Salgado Amon, a filha discreta de Ricardo Salgado, vive com os luxos de uma das maiores fortunas da Suíça, a da família Amon, que é liderada pelo seu marido, Philippe Amon.
Philippe herdou do pai, Albert Amon, a liderança da gigante das tintas de segurança usadas nas notas de dinheiro e nos passaportes, a empresa SICPA. A família vive há 97 anos sob a tradição de passar a liderança dos negócios a um filho homem. Por isso, apesar de ter uma irmã, Monique, o genro de Ricardo Salgado lutou durante anos com o irmão, Maurice, pela gestão da empresa e acabou por assumir sozinho o império há cerca de nove anos, quando Maurice Amon foi demitido por fazer investimentos que entravam em conflitos de interesse com o negócio da família.
Philippe Amon passou então em 2015 a estar à frente de uma das 300 maiores fortunas da Suíça, segundo o site de finanças 'Bilan', que todos os anos faz listas dos mais ricos daquele país.
De acordo com o 'Bilan', nas mãos de Philippe Amon está uma fortuna difícil de calcular, mas que ronda os 1,5 e 2,5 mil milhões de francos (o que equivale a 1,5 e 2,5 mil milhões de euros).
É em parte por causa deste argumento que a mulher de Ricardo Salgado, Maria João, afirmou recentemente no processo da EDP que a filha, Catarina, transfere todos os meses para a conta dos pais uma doação de 40 mil euros, para garantir o pagamento das despesas fixas do casal, tendo em conta que têm as contas bloqueadas pela justiça.
Casados há 19 anos, Philippe Amon e Catarina prezam pela discrição e pouco se sabe sobre a intimidade do casal. Mas a imprensa de Aubonne, a pequena comuna no cantão de Vaud a cerca de 25 quilómetros da capital Lausanne, onde o empresário vive desde 1996, revelou um pouco sobre o património do casal.
Desde que casaram, Philippe e Catarina adquiriram várias propriedades vizinhas à mansão onde vivem, a Bougy-Saint-Martin - onde Ricardo Salgado fica hospedado sempre que vai visitar a filha. Sobre esta mansão do século XVIII o 'Le Temps' publicou que se trata de uma propriedade histórica suíça, que se encontrava em avançado estado de degradação quando foi adquirida pelos Amon no final dos anos 1980.
Em 2021, Philippe, Catarina e os três filhos passaram a ser os únicos habitantes da via que tem o mesmo nome da mansão da família. O genro do banqueiro português quer também comprar a própria rua, para isolar ainda mais a família, e para isso ofereceu à câmara da região mais de um milhão de francos suíços (o que dá pouco mais de um milhão de euros) para adquirir 1.720 metros quadrados da estrada.
De resto, pouco de sabe sobre Catarina e Philippe Amon, a família está longe dos holofotes, das festas mais faladas, dos destinos de férias de luxo onde outros herdeiros multimilionários costumam circular.