
Sou fã de reality shows. Mesmo que sejam daqueles muito mauzinhos – Olá, ‘Ex-On the Beach’. A TVI sempre teve o condão de os saber fazer, quando eram grandes formatos. Ajudava ter a Teresa Guilherme à frente do formato, mas o tempo ditou a sua substituição – porquê, Cristina? – e a qualidade do que a estação tem apresentado foi decaindo. Exemplo disso são as recentes aventuras no ‘Big Brother’, ‘Casa dos Segredos’ e ‘Desafio Final’.
Cláudio Ramos está exímio... mas o formato está destruído. Até 2020, estes reality shows assentavam sobre muitos patamares: discussões, provas físicas, momentos engraçados, ingenuidade, histórias de vida marcantes e muito amor. Atualmente, há apenas uma fórmula: gente aos gritos, a discutir! E é uma seca! A culpa não é dos concorrentes – embora o Francisco Monteiro tenha ajudado – mas sim da produção, que baixou os braços e optou pelo mais fácil.
Para quê arranjar enredos e fazer sobressair histórias no confessionário, quando se podem ter dinâmicas (uma palavra que não significa nada) que levam a que os residentes se peguem de 20 em 20 segundos? Basta a eleição do mais chato, do irritante, da planta (pobre flora) e já está. Para quê mais esforço? Assim pegam-se e alimentam horas de emissão. Mas isso torna o programa 'sensaborão' e cria concorrentes fraquinhos. Mas é o que há!