Gosto da Ana Morina. Gosto de gente com alma. Gosto de gente adulta com personalidade estruturada, gente independente, que pensa alguma coisa, e que é capaz de expressar o que pensa. Sobretudo se TODOS têm um entendimento diferente. Para importantes cientistas do comportamento humano, essa independência é a marca da maturidade. Não me refiro às causas e valores defendidos pela Ana Morina e, aliás, muitos nem concordo. As opiniões fazem parte da individualidade de cada um. Mas gosto da atitude madura ao ser capaz de se afirmar.
Não gosto da Rita. Não gosto de gente sem alma. Não gosto de gente infantil que passa o dia a repetir o que os outros querem ouvir, numa atitude bajuladora para se sentirem integrados. Enjoa-me essa permanente atitude da Rita com o António e com o Bruno. Arrepiante, a forma como na gala se encaminhou ao confessionário, revelando toda a sua infantilidade em gritinhos que só se permitem a crianças de 5 anos. Claro que a Rita se irrita com a Morina, não consegue entender como funciona um adulto. E na irritação, revela-se: "Vem aqui com ameaças de criancinhas." O que dizem de nós, diz mais sobre essas pessoas (como disse a Morina). "A Ana é mesmo má pessoa!", dizia a Rita na gala. "O jogo vai estar contra ela", mas isso queria a Rita.
E o que me fascina mesmo é ver como as gentes infantis se irritam com a maturidade (diferença) da Morina, e até o corpo abanam quando a insultam. Parecem em desespero, e eu começo às gargalhadas. Quase rebentam, com o ódio que lhe têm. Ela é grande. Como disse Herman José numa Gala dos Globos de Ouro: "Só és importante se já tiveres inimigos." E não, não há nada de estranho no facto de a maioria achar que a Morina está mal. Nem sempre a maioria está mais certa do que a minoria. Durante a II Guerra, na Alemanha, a maioria achava que os judeus estavam mal… Mas isto, só gente adulta consegue entender.
