
E assim se passaram 25 anos. Mais exatamente, 24 e meio, já que o primeiro ‘Big Brother’ chegou a Portugal estava o verão de 2000 a terminar, abrindo as portas a uma nova forma de fazer televisão no novo milénio, onde as estrelas passavam a ser os anónimos que aceitavam expor vidas frente às câmaras.
A dimensão dessa exposição os concorrentes ainda não conheciam e, talvez pela curiosidade, pelo dinheiro e pela novidade de estar na televisão sem ter feito nada para tal, concorreram. O resultado mais conhecido desses tempos de “revolução” na TV foi o caso Zé Maria. Depois de vencer, de se tornar uma espécie de herói nacional, de o quererem transformar numa estrela de televisão (sem que ele tivesse a mínima vontade), depois de descer ao fundo do poço e conseguir voltar à tona, o ajudante de pedreiro de Barrancos isolou-se e não mais quis saber da fama e das câmaras e de nada.
Agora, 25 anos depois desses tempos loucos, inesperados para os que deles fizeram parte, o seu rosto é um dos muitos espelhados numa das paredes na nova Casa ‘Big Brother’, que voltou a abrir portas no passado domingo com mais uma fornada de concorrentes, já preparados e desejosos do que o espera. Já não nada como antes, mas a tal da fama ainda faz mexer muito boa gente. Que sejam felizes, é o que se deseja.