
Agora faz de conta que acontecia consigo, caro leitor: um dia ficava a saber que uma pessoa que muito estimou durante algum tempo da sua vida, a quem proporcionou momentos únicos, numa fase em que a vida (dessa pessoa) era tudo menos bonita, a fazia seu herdeiro. O que, no caso, representava algo do estilo “ganhar o Euromilhões”. Ou seja, de um momento para o outro, via-se parte da história dessa pessoa, parceiro de “negócio” – isto é, de herança – ao lado dos pares que acompanham essa figura durante toda a vida e, mais complicado, passa a andar “nas bocas do mundo” devido ao avultado presente que recebeu, sem ninguém estar à espera. Acha que é fácil passar por isto? Eu sei, o dinheiro justifica a “chatice” mas... tudo se resume mesmo e só a dinheiro?
Esta é, de certa forma, a história do bombeiro Eduardo Ferreira, que estava semana dá uma entrevista exclusiva à TV Guia e relata estes tempos bizarros que vive desde que se tornou oficialmente herdeiro de Marco Paulo. Eduardo justifica até o tipo de ralação que mantinha com o cantor – como se isso fosse necessário ou fundamental para fundamentar a atitude antes da sua morte.
A história de Eduardo dá que pensar. Sobretudo no peso que o dinheiro tem na vida e nas relações. E na importância dos momentos felizes. Se calhar, o que realmente conta.