
Vamos lá ver se sou eu que estou a perceber bem as coisas: Maria Cerqueira Gomes é hoje uma apresentadora de primeira linha da TVI, certo? Deixou de ser apenas a companheira do Goucha, a quem chama carinhosamente de Manecas (à moda do Porto), ou a parceira do Ruben Rua, com quem diz umas larachas como bons amigos em "conversa de casa". Neste momento, além do 'Conta-me', para o qual é chamada, volta não volta, para entrevistar algumas figuras, ganhou um programa que não podia ter chegado numa melhor altura: 'Casamento Marcado'. Não faço ideia se já estava ou não programado ser Maria a apresentadora do formato, antes de ser conhecido o seu romance meio escondido, meio público, com um matador de toiros espanhol. 'Casados à Primeira Vista' (SIC) tem um casting muito bem feito e, melhor ainda, uma edição que prende o espectador ao ecrã, tantos são os enredos paralelos que por ali acontecem. Onde fica Maria Cerqueira Gomes no meio de tudo isto: orgulhosa, como é evidente. Pode não ter uma tarimba de um Goucha ou de uma Cristina Ferreira mas não fica nada a dever às concorrentes Diana Chaves ou Andreia Rodrigues – que apresentaram formatos semelhantes na SIC. Então o que é que não bate certo neste cenário. Exatamente a questão da "primeira linha". Ascender a um determinado estatuto, ter um programa próprio significa não ser "pau para toda a obra". Maria não pode estar à tarde no 'Em Família' – embora esse nem seja o problema maior –, à noite no 'Casamento Marcado' (em dia de estreia) e, agora o disparate, no dia seguinte a apresentar 'Somos Portugal'. Não dá. Se a ideia é estafar a imagem da apresentadora, parabéns, este é o caminho. Se é fazê-la crescer pode estar na hora de cada coisa no seu lugar. Nem toda a gente tem de fazer tudo. Televisão não é uma linha de montagem, é uma fábrica de sonhos. Tão simples quanto isso.
'Casados à Primeira Vista' (SIC) tem um casting muito bem feito e, melhor ainda, uma edição que prende o espectador ao ecrã, tantos são os enredos paralelos que por ali acontecem. Onde fica Maria Cerqueira Gomes no meio de tudo isto: orgulhosa, como é evidente. Pode não ter uma tarimba de um Goucha ou de uma Cristina Ferreira mas não fica nada a dever às concorrentes Diana Chaves ou Andreia Rodrigues – que apresentaram formatos semelhantes na SIC. Então o que é que não bate certo neste cenário. Exatamente a questão da "primeira linha".
A verdade é que veio a calhar, fez sentido e, melhor que tudo, a estreia correu de feição à estação de Queluz, com o reality a arrasar a concorrência direta. Não admira que tal tenha acontecido – não só por não haver desafio à altura do outro lado como porque esta espécie de "clone" de