
Vamos ser práticos: Maria Botelho Moniz é melhor do que Cristina Ferreira, Catarina Furtado, Júlia Pinheiro, Tânia Ribas de Oliveira, Filomena Cautela ou Diana Chaves, por exemplo? Não é. É uma má apresentadora? Não é. E por isso mesmo é que a TVI, acreditando no seu potencial, a foi buscar à SIC, em 2020, onde era comentadora do ‘Passadeira Vermelha’. Na estação de Queluz de Baixo há quatro anos, onde se estreou no ‘Extra do Big Brother’, conseguiu ganhar o seu espaço.
Mas o seu espaço – parece-me – não é o das manhãs, ao lado de Cláudio Ramos. Pode ser nos diários do reality show ou no ‘Somos Portugal’. Arrumada esta peça no tabuleiro do xadrez da TVI, um desporto onde Daniel Oliveira curiosamente é mestre, José Eduardo Moniz reforça, de vez, o horário da manhã, ao assumir que Cláudio Ramos e Cristina Ferreira mantêm-se em ‘Dois às 10’.
Percebo a tristeza de Maria, que se remeteu ao silêncio, percebo a revolta do noivo – "Tem de trabalhar o dobro para lhe ser dado o devido valor. Um dia tudo será diferente" – e percebo também as críticas dos fãs da apresentadora, quase a fazer 40 anos. Mas, numa guerra de televisões, onde estão envolvidos milhões de euros, os melhores têm de estar na linha da frente.
Cristina, que já tinha dito que não voltaria às manhãs, leva aqui mais uma lição. A recuperar algum público perdido, fruto do seu namoro com João Monteiro, esta é a melhor solução para a sua carreira. E para a TVI, claro está.