
Esta semana, a marca norte-americana Victoria's Secret anunciou a primeira modelo transgénero a fazer parte das suas fileiras. A brasileira Valentina Sampaio, 22 anos de idade, volta assim a fazer história depois de ter sido também a primeira modelo trans a fazer capa da Vogue francesa.
No entanto, a contratação da brasileira pelo gigante americano está longe de ser pacífica. Ter um 'anjo' transgénero está a ser visto como uma atitude cínica para suavizar as críticas à falta de diversidade.
Nos últimos anos, em particular com o surgimento do movimento #MeToo, a marca norte-americana de lingerie tem sido alvo de duras críticas pela falta de diversidade entre as suas modelos. A polémica ficou ainda mais acesa depois de Ed Razek, director de marketing da Victoria's Secret, ter defendido em entrevista à Vogue que a marca não tinha necessariamente de ter pessoas trans a desfilar no mediático espectáculo de moda anual – já foi anunciado que não irá acontecer este ano.
E Ed Razek é a primeira vítima da chegada de Valentina Sampaio à Victoria's Secret. O diretor de marketing abandona a marca. O anúncio da saída de Razek foi feito pelo presidente da L Brands – empresa mãe da VS –, Leslie Wexner, em nota enviada à comunicação social.