
A mulher que acusa o príncipe André de abuso sexual quando ela tinha 17 anos abriu um processo contra o filho da rainha Isabel II em Nova Iorque.
"Neste país [EUA], nenhuma pessoa, seja presidente ou príncipe, está acima da lei, e nenhuma pessoa, não importa o quão impotente ou vulnerável, pode ser privada da proteção da lei", lê-se no processo de Virginia Giuffre, citado pela 'BBC'.
"Há 20 anos, a riqueza, o poder, a posição e as conexões do príncipe André permitiram-no abusar de uma criança com medo e vulnerável, sem ninguém para protegê-la. Já passou da hora de ele ser responsabilizado."
O caso voltou a gerar polémica há cerca de dois anos, com as novas acusações contra o magnata Jeffrey Epstein. Virginia alega ser uma vítimas de tráfico sexual do empresário de Nova Iorque, levada ao Reino Unido quando tinha 17 anos para fazer sexo com o duque de York.
A denúncia de Virginia passou por várias fases de investigação e agora chega a tribunal, sem qualquer resposta do Palácio de Buckingham ou contribuição do príncipe André, apesar das declarações do duque de York, de que iria "ajudar qualquer agência da lei com as suas investigações, se necessário."
A resposta do filha da rainha Isabel II
O príncipe de 61 anos de idade, forçado a afastar-se da vida pública, negou as acusações de Virginia, hoje com 38 anos.
"Não aconteceu. Posso dizer categoricamente que nunca aconteceu. Não me lembro de alguma vez ter conhecido esta mulher, absolutamente nada", afirmou na famosa entrevista à BBC.
Noutro momento, o príncipe André falou da sua amizade com Jeffrey Epstein, mesmo depois da condenação por pedofilia.
"Continuo a lamentar inequivocamente a minha associação mal julgada com Jeffrey Epstein [...] O seu suicídio deixou muitas perguntas sem resposta, especialmente para as suas vítimas, e eu sinto profunda empatia por todos os que foram afetados e desejam alguma forma de encerramento", afirmou o duque.