
A descida vertiginosa de Cristina Ferreira no índice de interação no Instagram, para o 64.º lugar, chamou atenção dos especialistas em marketing digital.
"Não é uma queda normal", referiu à 'TV 7 Dias' Rui Lourenço, especialista em comunicação digital. "Este país gosta pouco de sentir que as pessoas são traiçoeiras. O país sentiu isso e isso refletiu-se imediatamente nas redes sociais. A Cristina deixou de ser uma espécie de namoradinha do povo 2.0 como fora a Catarina Furtado para ser vista como alguém que tinha traído", disse o especialista, explicando que este seria a primeira razão da queda.
O segundo motivo seria o "excesso de exposição". "O espaço que poderia ter sido bem ocupado por parte da Cristina nas redes sociais para explicar às pessoas que não tinha sido uma traição nunca foi claro e ela fez uma coisa que não se pode fazer: excesso de exposição. De repente, através da TVI, passou-se a ter Cristina em todo o lado. Era a Cristina, era a Cristina, era a Cristina [...] Tudo isto provoca uma onda de choque que acaba por refletir-se em tudo o resto", completou.
Para o CEO da consultora OnStrategy, Pedro Tavares, as razões para os baixos valores nos números de interações por publicação são "as componentes de admiração e relevância", que desceram.
"A componente racional vem assentar em temas associados ao produto, ao serviço, à inovação ou à cidadania, isto mais no caso das marcas humanas. Isso é que vai justificar a diminuição ou a subida, por exemplo, de aspetos associados à admiração, à relevância e à confiança. No caso da personalidade em si, não há uma quebra de confiança, mas há uma quebra, sim, pelo menos dos dados a que temos acesso, associada à admiração e à relevância", disse.
"O que veio justificar isso não sei", salientou.
A pressão destes números tem uma relação direta com os contratos de publicidade de Cristina nas redes sociais. A apresentadora arrisca-se a ver as marcas pagarem menos pelos mesmos conteúdos que ela já publica.