São escândalos atrás de escândalos e a monarquia espanhola treme a cada nova acusação e revelação de segredos sórdidos. Felipe VI está a braços com uma das maiores crises de sempre e é difícil de dizer se vai conseguir restituir o brilho de outrora à família real.
Depois de Iñaki Urdanganrín, preso por corrupção e abuso de poder, agora é Juan Carlos que está no olho do furacão e é o principal protagonista que faz perigrar a continuação da monarquia em Espanha.
Os súbditos ainda "fecharam os olhos" aos seus inúmeros casos de infidelidade e até às caçadas ilegais em África. Contudo, a sua suposta participação ativa em casos de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais é, para os espanhóis, indesculpável. Está a ser investigado.
O homem que se sentou durante mais de três décadas no trono espanhol e que era respeitado, afinal é hoje uma figura pouco admirada e uma das maiores desilusões. Para piorar tudo, Corinna Larsen (que ficou conhecida por Corinna zu Sayn-Wittgenstein-Sayn, quando ainda era casada) volta à ribalta para novas acusações.
Em entrevista à ETB, uma estação de televisão do País Basco, a alemã denunciou: "Recebi ameaças de morte, estou sob vigilância permanente, separaram-me dos meus filhos e destruriram a minha rede profissional e social".
"As minhas casas foram forçadas, enviaram mercenários à minha porta, roubaram-me documentos pessoais e encetaram uma campanha de desinformação para destruir a minha reputação", disse ainda a alemã.
Corinna Larsen avança depois contra os reis de Espanha culpando-os de nada terem feito para pôr cobro a esta situação. "Entramos em contacto com a Casa Real pelos canais institucionais para que terminassem com esta campanha de abuso contra mim. Não fizeram nada".
A alemã disse ainda que avisou Felipe VI que o seu nome, como o da princesa Leonor, estavam envolvidos no esquema de Juan Carlos. O rei emérito deu o filho e a neta como beneficiários de contas na Suíça de dinheiros provenientes de negócios ilegais.
