Nos últimos dias, o brilho tão próprio de Lisboa foi substituído por uma sensação de desconfiança de locais e turistas, que questionam tudo aquilo que davam como adquirido. No meio dos cacos da tragédia, das lágrimas, do medo e da insegurança, Pedro Nuno Santos pede a demissão de Carlos Moedas, e a sua opositora, Alexandra Leitão, lamenta o monólogo do presidente da Câmara, sem direito a perguntas. Com as autárquicas marcadas para outubro, derrocada política pode ser um risco.
Suzana Garcia estreou-se na maternidade em julho, depois de ter passado por três abortos. A polémica advogada revela ainda ser agora uma pessoa diferente com menos preconceitos, algo que a inclusive levou a ir... ao Festival Boom.
Muito educadinho. Sempre diligente. Não dizia disparates nem banalidades quando se sentava à mesa da Concertação Social. Assim é visto o rapaz que aos 22 anos se deslumbrou com as palavras de António Guterres nos Estados Gerais do PS para uma Nova Maioria. Formiguinha trabalhadora, devorador de dossiers, foi resgatado em 2013 pelo amigo António Costa quando caiu na selvajaria parlamentar. E até pode suceder-lhe.
Nasceu e cresceu pobre em Beja, no Alentejo. Aos 11 anos o jornal que o pai tinha ajudado a fundar vai à falência e Zé Moedas entrega-se, desiludido, ao vício crónico do álcool. Passou uma adolescência a pedir ao pai para parar de beber e foi na escola que encontrou refúgio. Em especial nas palavras e conselhos sábios do professor de matemática, um homossexual assumido que teve a coragem de romper com as mentalidades da tacanha cidade de Beja na década de 1980. Como orador no 'Cristina Talks', Moedas deixou a fórmula para vencer na vida. A mesma que lhe ofereceu o professor aos 13 anos.
Em novembro, a distância da RTP1 para a TVI encurta de uma forma que há muito não se via. Neste momento, a televisão pública aproxima-se de Queluz de Baixo, algo que seria impensável há poucos meses. Na TVI, tudo se passa como se o esforço desenvolvido no cabo tivesse esgotado as energias da empresa, e agora estivesse a roubar espectadores ao canal principal. Um alerta que já aqui deixámos, mas que dificilmente se poderia prever que se agravaria até este ponto. Não está fácil a vida do canal generalista de Queluz de Baixo.
Nestas eleições locais, onde estão em causa questões imediatas, de proximidade, de problemas para resolver dentro da comunidade, em cada dois eleitores, um não votou. Isto é, metade do país desinteressou-se, não quis saber, afastou-se de qualquer decisão sobre o futuro da sua freguesia e do seu concelho.
O diretor de Programas da SIC não arriscou quando a TVI de Cristina Ferreira andava nas lonas, e agora – parece – a estratégia passa por jogar ainda mais à defesa. Na estação pública, paga por todos os portugueses, foi inaceitável ver aquele naipe de analistas na noite das Autárquicas.