Percorreu o mundo a falar da sua fé e esteve inclusivamente em quatro países que fazem fronteira com a sua terra natal, no entanto acabou por nunca regressar à Argentina, o país onde nasceu e que tanto amou. Os mais próximos acreditam que esta decisão tem uma mensagem subliminar, mas também que Francisco tinha planeado ir à sua terra natal no fim de vida, que acabou por surpreendê-lo mais cedo do que o previsto.
Da família nuclear, o Papa Francisco deixou apenas uma irmã, Maria Elena, que vive entregue a monjas na Argentina e de quem não se conseguiu despedir. Apesar da distância, o Santo Padre nunca deixou, no entanto, de ser próximo da família, marcada por vários dramas.
Começa com a história que podia ter impedido, antes demais, esta biografia, e que conta como o pai do Papa Francisco, já de bilhete na mão, não embarcou na viagem que ficaria para a história como o desastre do Titanic italiano, resultando num impressionante naufrágio no mar. A sorte ditaria o nascimento de Mario Bergoglio, agora conhecido por Francisco, que cresceu num bairro típico de Buenos Aires e fez tudo aquilo que havia para fazer até decidir seguir a via religiosa. As distórias, deliciosas, são agora contadas em nome próprio, numa biografia disruptiva em que nada fica por dizer.
Mario Bertoglio tinha 53 anos quando foi fulminado por um ataque cardíaco no estádio do San Lorenzo, clube de que o Papa Francisco é sócio, com as quotas em dia. O filho, que hoje é o Santo Padre, tinha 25 anos e ficou em estado de choque.