11 anos depois... a dor que não passa. Um regresso ao fatídico acidente de Angélico Vieira, que deixou Portugal a chorar e uma mãe para sempre com o coração destruído
Angélico Vieira perdeu a vida há mais de uma década num trágico acidente de automóvel, mas o seu nome mantém-se bem vivo. Rita Pereira, a eterna namorada do cantor, é uma das pessoas que mais tem sofrido e recentemente confidenciou que a dor não passa.
A 25 de junho de 2011, o país acordava com a notícia mais triste. Angélico Vieira, o popular cantor da banda D'Zrt, eterno namorado de Rita Pereira, simpático, lindo e com um sorriso que há muito já havia conquistado Portugal, tinha sofrido um acidente grave e estava internado, no Hospital de Santo António, no Porto, a lutar pela vida. Era ele que ia ao volante, a caminho de Lisboa na A1, num BMW emprestado por um stand de automóveis e sem seguro, quando um dos pneus rebentou. Sofreu um traumatismo cranio-encefálico e múltiplas fraturas, enquanto dois dos ocupantes foram projetados para fora da viatura. Hélio Filipe foi atropelado e teve morte no local, Armanda Leite acabou por ficar tetraplégica e ainda hoje luta por uma recuperação, que tem sido lenta e difícil, e que lhe roubou os sonhos de ser atriz. O quarto ocupante, um bailarino, foi o único que não teve sequelas grave, tendo sofrido apenas ferimentos ligeiros.
Durante três dias, o País susteve a respiração. E a fachada do Hospital de Santo António tornou-se na imagem mais filmada e fotograda, com a unidade de saúde a ser ponto de rumaria de familiares, amigos e muitos fãs, que faziam uma corrente de amor por Angélico. A mãe, Filomena, destruída, era a imagem da dor, sempre amparada por Rita Pereira, que não arredava pé do hospital e se tornava da companheira de todas as horas da 'sogra'. Eram dias de emoções fortes em que a dor andava de braço dado com a esperança e em que todos rezavam por um milagre... que não aconteceu. Três dias depois, e com os exames a confirmarem que não havia qualquer atividade cerebral, a morte de Angélico Vieira foi delcarada, pelas 23h40. Tinha 28 anos e já se passaram 11 desde o trágico acidente, mas desde então, e por todos os motivos e mais alguns, o seu nome nunca foi esquecido. Nos meses que se seguiram ao acidente, as histórias sobre o mediático cantor ocuparam as páginas das revistas e jornais. Por um lado, havia a dor daqueles pais em perderem o único filho, que comoveu Portugal, depois havia tudo o resto. Em primeiro lugar, o carro onde o cantor seguia não tinha seguro. Tinha sido emprestado por Augusto Fernandes, dono do stand Auguscar, o que levantou inúmeros problemas, que levaram a anos e anos de batalhas judiciais, algumas delas que ainda perduram. E em segundo pelas histórias paralelas que foram surgindo, com o nome de Anita Costa à cabeça. Era ela, na altura, a namorada de Angélico. Tinha estado com o cantor no Porto, naqueles que, sem saber, seriam os últimos momentos de vida do menino bonito dos D'Zrt. "Eles estiveram um dia ou dois em Vila do Conde, depois foram a Espanha encontrar-se com o Augusto [Fernandes], do Auguscar. Passaram o dia juntos, na praia, andaram de jet-sky. À noite, regressaram. O Angélico combinou com o Augusto trocar de carro. O carro em que ele andava já era emprestado pelo Augusto, da Auguscar, era outro BMW. O Angélico ia fazer uma apresentação em Santo Amaro de Oeiras e ele ia escolher entre dois carros que ele [Augusto] tinha lá, um jipe Hummer ou um BMW. Ele ia escolher um para fazer propaganda do carro. Já era hábito o Angélico andar com os carros dele e tentar vender. Isto foi o que ela [Anita Costa] me explicou que estava combinado com o Augusto", contaria mais tarde o pai da sobrevivente do acidente Armanda Leite.
Três dias depois, e com os exames a confirmarem que não havia qualquer atividade cerebral, a morte de Angélico Vieira foi delcarada, pelas 23h40. Tinha 28 anos e já se passaram 11 desde o trágico acidente, mas desde então, e por todos os motivos e mais alguns, o seu nome nunca foi esquecido.
Nos meses que se seguiram ao acidente, as histórias sobre o mediático cantor ocuparam as páginas das revistas e jornais. Por um lado, havia a dor daqueles pais em perderem o único filho, que comoveu Portugal, depois havia tudo o resto.
Em primeiro lugar, o carro onde o cantor seguia não tinha seguro. Tinha sido emprestado por Augusto Fernandes, dono do stand Auguscar, o que levantou inúmeros problemas, que levaram a anos e anos de batalhas judiciais, algumas delas que ainda perduram.
E em segundo pelas histórias paralelas que foram surgindo, com o nome de Anita Costa à cabeça. Era ela, na altura, a namorada de Angélico. Tinha estado com o cantor no Porto, naqueles que, sem saber, seriam os últimos momentos de vida do menino bonito dos D'Zrt. "Eles estiveram um dia ou dois em Vila do Conde, depois foram a Espanha encontrar-se com o Augusto [Fernandes], do Auguscar. Passaram o dia juntos, na praia, andaram de jet-sky. À noite, regressaram. O Angélico combinou com o Augusto trocar de carro. O carro em que ele andava já era emprestado pelo Augusto, da Auguscar, era outro BMW. O Angélico ia fazer uma apresentação em Santo Amaro de Oeiras e ele ia escolher entre dois carros que ele [Augusto] tinha lá, um jipe Hummer ou um BMW. Ele ia escolher um para fazer propaganda do carro. Já era hábito o Angélico andar com os carros dele e tentar vender. Isto foi o que ela [Anita Costa] me explicou que estava combinado com o Augusto", contaria mais tarde o pai da sobrevivente do acidente Armanda Leite.
Mas se Anita era a namorada de Angélico à data, o que aconteceu no hospital onde o cantor esteve internado, mostrou que nem toda a gente a encarava como tal. Durante os primeiros dias, a jovem foi filmada a chorar à entrada da unidade de saúde e sistematicamente impedida de estar ao lado do companheiro, porque o seu nome não estava na lista de pessoas autorizadas a entrar. Só conseguiria mais tarde, e porque o pai de Armanda deu autorização para que esta entrasse no hospital, alegadamente para visitar a filha. "Não permitiam que ela entrasse para ir vê-lo e ela veio falar comigo para eu dar autorização para ela ir ver a Armanda. Como a Armanda estava num sitio e o Angélico estava perto, era para ir vê-lo. Eu autorizei, e a partir daí ela contou-me a história. Elas estiveram sempre juntas na viagem". RITA PEREIRA DIZ QUE SE ESTAVA A RECONCILIAR COM ANGÉLICO Anita Costa pode ter sido a última namorada de Angélico Vieira, mas nos anos que se seguiram à sua morte, muito se escreveu sobre o assunto, várias entrevistas foram dadas e algumas das quais causaram a dúvida. Afinal, quem era a dona do coração do popular cantor? Numa conversa com Cristina Ferreira em que falou sobre a morte do namorado, Rita Pereira deixou a dúvida no ar ao garantir que nunca se separou de Angélico. "Estivemos juntos seis anos. Cinco anos e depois mais um que ninguém soube. No fundo, nós nunca nos separámos", disse, acrescentando que quando o acidente aconteceu os dois estavam a tentar dar uma nova oportunidade ao amor.
Mas se Anita era a namorada de Angélico à data, o que aconteceu no hospital onde o cantor esteve internado, mostrou que nem toda a gente a encarava como tal. Durante os primeiros dias, a jovem foi filmada a chorar à entrada da unidade de saúde e sistematicamente impedida de estar ao lado do companheiro, porque o seu nome não estava na lista de pessoas autorizadas a entrar.
Só conseguiria mais tarde, e porque o pai de Armanda deu autorização para que esta entrasse no hospital, alegadamente para visitar a filha. "Não permitiam que ela entrasse para ir vê-lo e ela veio falar comigo para eu dar autorização para ela ir ver a Armanda. Como a Armanda estava num sitio e o Angélico estava perto, era para ir vê-lo. Eu autorizei, e a partir daí ela contou-me a história. Elas estiveram sempre juntas na viagem".
RITA PEREIRA DIZ QUE SE ESTAVA A RECONCILIAR COM ANGÉLICO
Anita Costa pode ter sido a última namorada de Angélico Vieira, mas nos anos que se seguiram à sua morte, muito se escreveu sobre o assunto, várias entrevistas foram dadas e algumas das quais causaram a dúvida. Afinal, quem era a dona do coração do popular cantor?
Numa conversa com Cristina Ferreira em que falou sobre a morte do namorado, Rita Pereira deixou a dúvida no ar ao garantir que nunca se separou de Angélico. "Estivemos juntos seis anos. Cinco anos e depois mais um que ninguém soube. No fundo, nós nunca nos separámos", disse, acrescentando que quando o acidente aconteceu os dois estavam a tentar dar uma nova oportunidade ao amor.
É, sem dúvida, a maior dor na vida da atriz, que admite ter sonhado casar com Angélico, que garantia ser o homem da sua vida. Haverá, para sempre, um antes e um depois daquele fatídico dia para Rita Pereira, que não esconde viver em sobressalto, principalmente quando o telefone toca. "Desde há 11 anos que sempre que me ligam, literalmente, a primeira coisa que penso é ‘morreu alguém e vão-me dizer’. Todos os dias, é um problema", confidenciou recentemente.
Apesar de já ter refeito a vida sentimental, ao lado de Guillaume Lalung, Rita mantém Angélico no coração e continua bem presente na vida de Filomena Vieira, que faz questão de acompanhar no calvário que tem sido a vida desde a morte do filho.
FILOMENA VIEIRA: "PERDI TUDO O QUE TINHA"
Para Filomena Vieira, a vida parou no dia em que o único filho teve o acidente e, desde então, passou a sobreviver, com uma dor sem limites e vários processos em tribunal que a recordavam a cada momento do trágico acidente que tinha levado Angélico. Desde então, deixou de trabalhar, fechou o cabeleireiro que tinha em Almada e cada dia é uma luta para se reerguer.
"A dor de perder um filho não tem explicação, não há palavras para definir o enorme vazio que sinto. Naquele dia, em poucos segundos perdi tudo o que tinha. Aprendi que temos de viver um dia de cada vez, não sabemos o que vai acontecer amanhã, cada momento pode ser o último", fez saber, em entrevista, acrescentando que pouco se lembra sobre os dias mais trágicos da sua vida.
"Tenho poucas lembranças daqueles dias. Admito que deveria estar sob o efeito de calmantes, não sei se calhar só assim poderia aguentar tudo aquilo. Nunca vou esquecer o que aconteceu, mas acredito que um dia vou aceitar. Tenho de o fazer, não posso viver de outra forma".No entanto, a mãe não esquece aqueles que ano após ano prestam homenagem ao filho e que, na altura da sua morte, encheram o cemitério do Laranjeiro, muitos vestidos de branco - uma das cores favoritas de Angélico - para uma despedida que mostrou bem o quanto Angélico era amado. Porque tinha tudo o que uma estrela deve ter: era talentoso, dono de uma beleza única e mesmo no auge da carreira nunca perdeu a humildade.