Aí está ela: de bandolete e sorriso rasgado! Mulher de André Ventura regressa após meses escondida para cantar vitória

É a apoiante número um do marido e, quando André Ventura, 41 anos de idade, fundou o Chega estava presente em todos os eventos do partido. Porém, nos últimos tempos, a após a família ter sofrido com pressão e ameaças, Dina Nunes Ventura, companheira do advogado, acabou por evitar o mediatismo, resguardando-se em casa, com participações pontuais e muito discretas na campanha do marido.

Quebrou ontem a regra para, de sorriso rasgado, aparecer ao lado do companheiro para celebrar a noite eleitoral, da qual André Ventura se afirmou como um dos grandes protagonistas. Chegaram juntos ao hotel lisboeta escolhido pelo Chega para acompanhar a noite eleitoral e, enquanto o líder do Chega estava no púlpito, eufórico, a discursar, a fisioterapeuta esteve sempre na primeira fila, a aplaudir, de sorriso rasgado.

Juntou-se ao marido, mais tarde, para cantar o hino nacional e acompanhar uma noite que foi de festa, e que irá marcar um protagonismo maior na vida do político ao longo do próximo mandato. Ventura conquistou mais de 1 milhão de votos e tornou-se na terceira força política, e com ambições maiores em mente. "Esta força, daqui a seis meses, a um ano ou dois, vai mesmo vencer as Legislativas", vaticinou.

Para André Ventura, isso significará uma dedicação ainda maior à política, o que deixa cada vez mais longe os sonhos da mulher de, um dia, constituir família. À partida, o cenário não seria incompatível, mas foi o próprio dirigente do Chega a explicar que o facto de estar tão exposto e com uma posição tão controversa torna complicado pensar em ter filhos, por não estarem reunidas as condições de segurança.

"Ainda não desisti de ter filhos, gostava de ter. Mas vivo sempre com segurança, tenho sempre limitação nas deslocações que faço. Foi uma vida que eu escolhi, mas isso também me leva a pensar nas condições em que estou hoje, se tenho condições para dar aos meus filhos uma vida de segurança, que é o mínimo que eu lhes poderia querer dar, e hoje nós temos de ter cuidados de segurança que eu não tinha há dez anos", explicou em conversa com Diana Chaves e João Baião no programa 'Casa Feliz', da SIC.

"Gostava de ser pai. Acho que deve ser uma experiência enriquecedora, que muda a nossa vida. Provavelmente, um filho ia tornar o meu coração mais mole", disse, admitindo, no entanto, que esse sonho foi posto em banho-maria por causa da carreira política.

MEDO E AMEAÇAS

Dina Nunes Ventura é fisioterapeuta de crianças e conheceu André Ventura já depois de este ter terminado o curso de Direito. Casaram-se em 2016 e, desde então, a fisioterapeuta esteve sempre ao lado do companheiro, seguindo a sua carreira política.

Inicialmente, apareciam juntos, mostrando cumplicidade, e havia até muitas fotografias dos dois, em momentos como férias ou outros de lazer. No entanto, isso acabaria por mudar radicalmente, à medida que as posições de Ventura se tornavam mais extremas, gerando discursos de ódio e ameaças.

"As pessoas naturalmente reconhecem-na, sabem quem ela é e respeitam a liberdade dela. Mas acredito que depois, fora do trabalho, haja outro tipo de mal-estar ou ameaças", revelou à 'Sábado' Sandra Matias, amiga de Dina e mulher do político Manuel Matias, em setembro de 2020.

Com o escalar das ameaças, as fotografias da companheira acabaram por se apagadas das redes sociais e Dina deixou de ser presença nos atos do partido. Porém, na noite de domingo e sem conseguir esconder a alegria pela conquista do marido, celebrou a seu lado o início de uma nova era na vida de Ventura.