De regresso à feira? As razões que estão a levar Cristina Ferreira a regressar às origens

Nos últimos tempos é impossível não notar em Cristina Ferreira uma certa nostalgia em todo o seu discurso. Aconteceu quando falava dos tempos em que passava férias no parque de campismo, ou quando garantiu ter saudades de entrevistar os seus convidados e do contacto com o público e culminou com um regresso, no último fim de semana, às origens.

No último 'Somos Portugal', Cristina Ferreira surpreendeu, de microfone na mão, no registo que sempre lhe foi habitual: a falar no seu normal tom uns decibéis acima da média, a rir a bandeiras despregadas e num contacto tu-cá, tu-lá com as pessoas que ia entrevistando no formato. Ainda não se sabe ao certo se a experiência veio para ficar, mas é nítido que a aprresentadora começa a retomar o seu lugar habitual, em frente às câmaras, enquanto abranda o ritmo na tomada de decisões, muito marcadas agora pelo pulso de José Eduardo Moniz.

Quem conhece Cristina, admite que, tal como tudo aquilo que faz, o regresso é estratégico, depois de um sem fim de críticas que tem recebido nos últimos tempos e que dão conta que se tornou uma "snob", que se afastou do público e da Cristina que apregoava saber o lugar onde estão as estacas, na feira. A reconquista, apurou The Mag, pode passar por mais momentos como os que aconteceram no último domingo, em que a apresentadora pretende voltar, simplesmente, a ser reconhecida como 'a saloia da Malveira'.

ALVOROÇO NO PROGRAMA

A presença de Cristina Ferreira no 'Somos Portugal' provocou um verdadeiro alvoroço nos bastidores de um programa já de si muito agitado. De acordo com uma fonte da produção ouvida pela 'The Mag', o dia "foi muito mais confuso do que o habitual", devido ao ritmo próprio - e alucinante - que a apresentadora quis imprimir ao formato com a sua presença.

Com o regresso ao seu estilo mais popular, a estrela quer devolver à TVI a vitória nas tardes de domingo da estação, mas a verdade é que, no último domingo, tê-la nos ecrãs não foi sinónimo de audiências ganhas, sendo que a estação de Queluz de Baixo voltou a perder para a rival.

No entanto, Cristina não desiste e nos próximos tempos é certo que será mais frequente vê-la novamente no seu lugar de conforto: à frente dos ecrãs.

AS CRÍTICAS DOS AMIGOS

Os últimos meses têm sido de vários projetos alternativos para Cristina Ferreira, que apostou forte nas palestras motivacionais, tendo recentemente juntado dez mil pessoas para a ouvir na Altice Arena.

No entanto, não agradou a todos e as críticas surgiram de onde menos se espera. Se é verdade que nas redes sociais a apresentadora já está habituada a ver as suas ideias, fotografias e formas de pensar condenadas, desta vez a 'alfinetada' veio de onde menos esperava: de Manuel Luís Goucha.

Na entrevista que deu ao programa do amigo, este não escondeu que está cada vez mais afastado de Cristina, dando a entender que não se revê em muitas das atitudes da estrela, com quem apresentou durante mais de uma década o programa 'Você na TV'. Uma atitude que, segundo 'The Mag' apurou, deixou Cristina magoada, mas também a pensar nas críticas que cada vez mais é alvo, e das acusações de que se tem distanciado do público.

A CORTE DE CRISTINA

Durante a entrevista que deu a Manuel Luís Goucha, o apresentador disse que se recusava a fazer parte "da corte" de Cristina Ferreira, sugerindo que a estrela vivia agora rodeada de pessoas que tinham dificuldade em dizer-lhe que não, algo que ela contrapôs.

Mas a verdade é que desde que regressou à TVI que Cristina limitou ao máximo o número de pessoas em quem confia. Além da sua melhor amiga, Catarina Duarte, e sua companheira de férias, profissionalmente a apresentadora rodeia-se de João Patrício, com quem já trabalha há vários anos, André Freire e Lurdes Guerreiro, os seus braços-direitos na estação.

Desde o regresso ao canal que é igualmente acusada de favorecer os amigos, tais como os denominados "meninos-bonitos", como Ruben Rua ou Pedro Teixeira. No entanto, há quem diga que a chegada de José Eduardo Moniz veio abalar os plenos-poderes da diretora que, com menor peso na tomada de decisões, volta agora ao lugar onde já foi muito feliz, em frente às câmaras.