Famosos em pânico! Desmantelada rede 'Uber Droga' que envolve o maior número de figuras públicas de que há memória em Portugal
Durante seis meses a PSP seguiu pistas de um dealer de droga que se tornou o fornecedor de substâncias ilícitas para todas as figuras públicas. Foram todos apanhados na rede e vão ser ouvidos em breve. Os contactos eram feitos através das redes sociais.Os famosos portugueses, muitos deles ligados à televisão, estão aflitos desde que a PSP deteve o 'Uber da Droga', o homem de 42 anos que vivia em Campolide, em Lisboa, com a mulher e o filho, e que era o fornecedor de droga dos VIP.E estão aflitos porque muitos deles foram identificados e vão ser chamados a depor na investigação criminal, em especial depois de terem sido apanhados em ações de vigilância que a PSP fez nos chamados "brunches eletrónicos", em festivais de música eletrónica, e nos festivais de música mais populares, onde estava presente a maioria dos clientes que o 'Uber da Droga' tinha na sua carteira de clientes VIP.De acordo com o 'Observador', ao longo de seis meses de vigilância a PSP apanhou vários clientes VIP da rede de contacto do dealer de Campolide que recorreram ao seu serviço "discreto". Este pode ser o processo de tráfico e consumo de droga que mais figuras públicas, em especial da música e da televisão, envolve nas últimas décadas, com fortes consumos em finais de tarde e noite dentro — de álcool, claro, mas também de muita droga, sobretudo cocaína e substâncias sintéticas, como MDMA e LSD, lê-se no jornal. O fornecimento da droga era feito através de contactos nas redes sociaisAinda segundo a mesma publicação, a PSP já estava a seguir-lhe os passos desde o verão quando percebeu que o dealer ainda oferecia outro tipo de serviço muito procurado pelas figuras públicas que foi juntando à carteira de clientes. Com vendas muito mais discretas e um método ideal para chegar às encomendas, gerido nas redes sociais, em grupos de Telegram e WhatsApp, correndo o mínimo de riscos com entregas porta a porta, muitas vezes em casas de pessoas próximas para despistar e não comprometer os famosos.A PSP filmou, e vai usar como provas, entregas a músicos, estrelas da televisão, concorrentes de reality shows que acabaram por tornar-se, também, "figuras públicas". Ao longo dos seis meses a equipa de cinco elementos da investigação criminal da PSP de Lisboa vigiaram o dealer e escutou muitas conversas — muitas vezes em código — e registou encontros para entregas de produto e, aos poucos, foi conseguindo perceber a extensão da tal rede de clientes do dealer de Campolide. Segundo Rui Costa, subintendente da PSP, em declarações ao jornal online 'Observador', são "dezenas" as personalidades que faziam parte dos grupos nas redes sociais em que o dealer anunciava o "material disponível" e que, depois, recorriam aos serviços do traficante. Dealer anunciava a droga através de redes no whatsapp e TelegramO dealer era para ser apanhado num concerto no Campo Pequeno, mas o cliente falhou e a detenção acabou por ocorrer no apartamento, na zona de Campolide, sem resistência. Lá dentro estavam, também, a mulher e o filho do casal, menor de idade, mas também dinheiro, sacos para acondicionar drogas, o corte, a balança.No auto de notícia ficaram registadas as apreensões: 1.590 doses individuais de cocaína, 3.320 doses individuais de ecstasy, 59 selos de LSD, 2.260 doses de MDMA. A PSP encontrou ainda um maço de notas: mais 18 mil euros em dinheiro. Foram ainda apreendidos um BMW e uma mota de alta cilindrada, a mesma que o dealer usava habitualmente nas suas deslocações de entrega porta a porta.