José Castelo Branco assume reclusão e prepara-se para passar primeiro Natal sem Betty, sozinho em Fátima: "Alguém há-de partilhar a ceia comigo"
A viver um período negro, socialite isola-se de tudo e todos e procura consolo na fé, através de um retiro espiritual no Santuário de Fátima, que o vai levar a passar o primeiro Natal sozinho em muitos anos. "Estava a precisar deste tempo ", afirmou à FLASH!
Não é que não esteja habituado a desafios e a pedras no caminho. Ao longo dos seus 62 anos de vida, José Castelo Branco pode dizer que já passou por quase tudo, da ostentação a não ter um cêntimo, passando pelos maiores escândalos e polémicas. Mas certamente nada o prepararia para o último ano, que se tornou no mais difícil a todos os níveis.
Acusado formalmente pelo Ministério Público de violência doméstica contra a mulher, Betty Grafstein, com os passaportes confiscados e a aguardar pela data em que se irá sentar no banco dos réus, o socialite português tem a vida em suspenso. Sem convites para trabalhar e grandes perspetivas de momento, decidiu que precisava de se arredar completamente desta realidade e fazer uma pausa para colocar tudo em perspetiva, ao mesmo tempo que pensa no que irá fazer ao longo do próximo ano.
Para isso, embarcou sozinho para Fátima e à 'The Mag by Flash' assumiu que vai passar todo o período das festas no Santuário. "Está a fazer-me muito bem, tenho missa diária, comunhão diária. Estava a precisar deste tempo", disse o marchand d'art, acrescentando que esta foi uma forma de não pensar demasiado no peso que tem o Natal que se avizinha. "É o primeiro Natal sem a Betty, depois de quase 30 anos juntos... ", lamentou.
José Castelo Branco está a dormir mesmo junto ao Santuário de Fátima para onde foi completamente sozinho por altura do seu aniversário, a 8 de dezembro. Depois disso, já recebeu a visita do filho, Guilherme, e da amiga Marluce, mas garante que o Natal será passado sem a companhia dos seus. "Vou à missa do Galo e só depois vou comer o bacalhau. Alguém se irá oferecer para partilhar a ceia comigo, em Fátima nunca estamos sozinhos".
O português ainda não estabeleceu uma data para regressar à casa da amiga Marluce, uma vez que para já está empenhado no seu retiro espiritual numa fase decisiva na sua vida. "Ainda não sei quando volto, mas para já é certo que Natal e Ano Novo vão ser passados por cá".
No Instagram tem também partilhado com os seguidores a experiência do seu reitro em Fátima, mostrando fotografias no Santuário, nas missas e em encontros com os fãs e deixando também algumas reflexões. "Em busca de paz e renovação espiritual. O silêncio de Fátima acolhe e cura. Em tempos de tempestade, a fé é o porto seguro onde encontramos força e propósito", escreveu.
ACUSAÇÃO ARRASA JOSÉ CASTELO BRANCO
Sete meses depois da revelação do caso que chocou o país, o Ministério Público acusou formalmente José Castelo Branco de violência doméstica. Num documento de 12 páginas, a acusação desmonta aquilo que considera ser os factos essenciais que retratam um casamento com Betty Grafstein considerado abusivo e que foi denunciado em abril por algumas testemunhas-chave, agora referenciadas no processo.
A principal, autora em primeira instância de todas as denúncias, é a empresária Marcella Fernandes. A angolana conheceu o casal quando este estava em Portugal para o batizado da neta de José Castelo Branco e teve, então, oportunidade de privar com os dois. "No dia 12 de março de 2024, o arguido e a Betty Grafstein chegaram a Portugal. O casal ficou hospedado no Hotel Holliday Inn, em Lisboa. Nos dias seguintes, o arguido viajou para o Porto e a Betty Grafstein ficou sozinha no referido hotel. Nesses dias, a Betty Grafstein foi auxiliada pela sua amiga Marcella Fernandes", pode ler-se no despacho do Ministério Público, onde são descritos alegados comportamentos abusivos presenciados por Marcella.
Além da angolana, são ainda testemunhas de acusação o fotógrado do jet set Abel Dias, o filho de Betty, Roger Basil e os médicos e profissionais da CUF que assistiram a norte-americana, em Cascais.
"Com a prática das condutas descritas, deu causa o arguido, de modo direto e necessário, a que a vítima Betty Grafstein se sentisse ansiosa e com medo, receando pelas atitudes que o arguido pudesse tomar em relação a si, nomeadamente que ofendesse a sua integridade física, a humilhasse, a intimidasse ou mesmo a matasse. Com as condutas descritas, o arguido atuou com o propósito concretizado de maltratar Betty Grafstein, molestando-a no seu corpo e saúde psíquica, injuriando-a e atemorizando-a, bem sabendo que era a sua mulher e ciente da idade desta, pelo que devia assumir perante ela um comportamento compatível com a relação que mantinham e de que tinha para com ela um especial dever de respeito, ao invés, atingiu-a na sua dignidade pessoal, causando nela humilhação e uma permanente sensação de medo e insegurança, afetando a sua liberdade de decisão, o que quis e conseguiu, não se coibindo de o fazer no interior das residências de ambos", é a conclusão de um documento completamente arrasador para o socialite e que o deixou "muito em baixo".