José Castelo Branco e filho de Betty desenterram podres do passado. A cronologia de uma guerra que começou nos anos 90
Roger nunca gostou da excentricidade de Castelo Branco e terceira união da mãe não foi aceite pelo empresário. Por outro lado, o português sempre viu no enteado um inimigo. A cronologia de uma guerra que começou logo após o casamento, com um incidente no Algarve a marcar o início do clima de tensão.Ao longo das últimas semanas, o processo de violência doméstica movido por Betty Grafstein contra José Castelo Branco mais parecia uma espécie de argumento secundário da grande polémica que envolve o socialite e que, de repente, passou a ter novos protagonistas: o 'conde' e o filho da americana, Roger Basile. Na verdade, quem está por dentro da história garante que a guerra sempre foi muito mais entre Castelo Branco e o enteado do que outra coisa qualquer, numa controvérsia que vem de longe e que já passou por várias fases, mas que nunca esteve tão acesa como nos dias de hoje.
Agora, os dois rivais estão novamente próximos, em Nova Iorque, onde se debatem de argumentos na Justiça. Por um lado, Roger acusa Castelo Branco de tentar furar o sistema de segurança da clínica para tentar visitar Betty, algo de que está impedido pela lei. Do outro lado, o português apresentou queixa na polícia pelo facto de Roger o ter privado de entrar na casa onde viva com a mulher e de manter cativos os seus bens pessoais. Mas não se ficou por aqui. Numa série de acusações, que desenterram alegados podres do passado, afirma também que, a dada altura, Roger tentou abusar sexualmente de si. No meio da polémica, pediu ainda um ordem de restrição contra o enteado ao Tribunal de Família de Nova Iorque.
"Ele bateu-me uma vez, ele é da máfia e manda as pessoas para me ameaçar, não sei se eles estão armados. Uma vez, ele ameaçou-me com uma faca, e assediou-me sexualmente em 2015. A data aproximada do primeiro incidente é 1998", afirmou José Castelo Branco na queixa apresentada e que foi, posteriormente, divulgada pelo programa da CMTV 'Noite das Estrelas'.
No mesmo documento, Castelo Branco mostra-se ainda indignado pelo facto de Roger o ter privado daquilo que considera o seu próprio teto: a casa onde vivia com Betty. "Constantemente, diz-me as piores coisas como querer destruir a minha vida, a minha carreira, e que quer me ver morto ou a apodrecer na prisão.Ele entra no meu apartamento sem avisar e rouba as minhas jóias. Ele está a viver no meu apartamento sem permissão", fez saber.
Esta é apenas mais uma polémica a adensar a guerra entre José Castelo Branco e Roger e que começou logo no início do namoro entre o 'conde' e Betty. Na altura - e estamos a falar dos anos 90 - o socialite estava longe de assumir a mesma imagem dos dias de hoje, mas já era mais arrojado à época, o que desagradou a Roger, que queria preservar a reputação da mãe, que tinha acabado de enviuvar do marido, Albert Grafstein, com o casamento a colocá-la num patamar da alta sociedade nova-iorquina que o filho queria manter a todo o custo. "O filho vem de uma família mais conservadora. Ele nunca gostou de ver a mãe casada com o Zé. No fundo, o Zé é um transformista, um homem que gosta de vestir-se de mulher e o Roger nunca achou graça a isso", já recordou à FLASH! o cronista social António Leal e Silva para descrever o início da inimizade entre os dois.
Pouco depois do casamento, em 1996, terá tido lugar o primeiro grande incidente entre Roger e Castelo Branco e que aconteceu depois de Betty ter aparecido numa festa no Algarve com uma pala num olho, alegadamente, esconder escoriações que se suspeitaram terem sido causadas pelo marido. Perante a polémica, Roger tirou fotografias ao rosto da mãe e terá apresentado queixa na polícia por violência doméstica, mas na altura Betty tomou o partido do marido e garantiu ter embatido contra um móvel.
DISTÂNCIA E GUERRA SILENCIOSA
Depois dos primeiros embates, e ganhando consciência de que a mãe não iria prescindir da sua vida ao lado de Castelo Branco, a guerra entre Roger e o padrasto passou a ser mais silenciosa. O norte-americano saiu de cena e manteve-se mais afastado da vida da mãe, ainda que controlasse o essencial: as suas finanças. "Roger nunca concordou com o casamento, nunca gostou do José Castelo Branco e nunca foi visita lá de casa", garantiu Manuel Luís Goucha sobre o assunto.
Foi, aliás, a este apresentador que, antes da polémica da violência doméstica vir a público, Castelo Branco desabafou sobre o controle rigoroso que Roger tinha sobre as contas da mãe, dando-lhe apenas o essencial para sobreviver.
"Vivo do meu trabalho e ajudo a Betty com o meu trabalho, atenção", sublinhou. "Quando as pessoas dizem que eu casei com a Betty pelo dinheiro eu digo: 'Cruz credo, essa gente não sonha'. O filho da Betty tem o controlo absoluto de tudo. Quem é que vai ao supermercado? Sou eu que faço tudo. A única coisa que o filho da Betty paga – porque ele é que fica com a reforma, ele é que gere – é o condomínio, a eletricidade, a televisão e Internet, e a água. Ponto", esclareceu na altura.
Betty chegou mesmo a desabafar com algumas pessoas próximas que se sentia abandonada pelo filho e que este não gostava dela, revelando sempre uma mágoa pelo seu afastamento. Apesar da distância, quando a mãe foi internada em Cascais, Roger iria reaparecer em público, tomando as rédeas do caso de violência doméstica e tratando de tudo para levar Betty para os Estados Unidos. Desde então, a relação entre mãe e filho parece ter-se restabelecido na mesma medida em que cresce a guerra com José Castelo Branco, o seu eterno rival.