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Muitos à mesa, mas uma profunda solidão. O Natal triste de Marcelo Rebelo de Sousa que o confronta com a 'perda' do filho

Mais de um ano depois de ter cortado relações com o filho Nuno, há uma mágoa a mesa pela falta de um dos elementos mais importantes. Ainda assim, Marcelo admite que espírito natalício não faltará, numa altura em que se prepara para o seu último ano enquanto Presidente da República.
Por Rute Lourenço | 05 de dezembro de 2024 às 20:40
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: RODRIGO ANTUNES/LUSA_EPA

Profundamente católico, homem de afetos e de família, provavelmente Marcelo Rebelo de Sousa nunca pensou chegar a uma altura da vida em que um dos dias mais simbólicos para a religião que professa o confrontasse com um sentimento de tristeza profunda e que o afastasse de muitos dos valores em que actredita. Mas a verdade é que o Natal dificilmente será o que era para o Presidente da República.

De costas voltadas com o filho Nuno desde que estoirou a polémica em torno do caso das gémeas luso-brasileiras - com o filho acusado de ter usado o nome do pai para que as meninas tivessem acesso ao medicamento mais caro do mundo, em Portugal, para tratar a doença de que padecem - no ano passado o Natal já foi vivido com a família espartilhada. 

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Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash
Nuno Rebelo de Sousa, Marcelo Rebelo de Sousa Flash

Nuno, que reside com a mulher e a filha mais velha no Brasil, esteve no nosso país na Consoada de 2023, mas o Presidente da República acabaria por saber da sua estadia por terceiros. De lá para cá, não é expectável que a situação se tenha alterado. Não é um assunto sobre o qual Marcelo goste de falar publicamente e também é certo que mesmo na sua esfera privada lhe custará abordar tema, pela dor que provoca ter sentido necessidade de riscar da sua vida alguém com quem sempre manteve a tal relação estreita e umbilical, partilhada por muitos pais e filhos.

Por tudo isto, para Marcelo este será apenas mais um Natal, a data que deixou de ser o símbolo da reunião familiar e passou a ser uma coisa diferente. Para memória futura, o presidente da República assegurou que a mesa continuará a ser cheia, ainda que os planos sejam outros.

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"Este ano, no Natal tenho de ir ver as Forças Armadas na Eslováquia - vou dia 20 e voto dia 21 - ainda tenho compromissos a 22, por isso vai ser com a família mais ampla dia 23 à noite", explicou na inauguração da Feira Solidária da Associação Novo Futuro, em Lisboa, assegurando que serão muitos os familiares à mesa, ainda que não especificasse exatamente quem.

"Dia 24 estou só com um ramo específico da família, porque os meus irmãos, como já têm tantos descendentes e afins, cada um deles comemora com a sua parte nesse dia. Temos de nos separar. Eu vou dividir-me entre dois dias."

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Marcelo Rebelo de Sousa Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente, Fátima, Procissão das velas Foto: D.R.

Dias necessariamente mais solitários para os quais a distância física já foi preparando Marcelo. Há muito que o filho vive no Brasil e a mudança provocou o primeiro grande choque na vida do político português. É que quando se mudou para São Paulo, Nuno Rebelo de Sousa ainda era casado com Rita Sousa Coutinha, com a alteração de vida a deixar, de repente, o presidente da República distante daqueles que se tornaram numa grande paixão: os netos.

O cenário ainda ficaria mais complicado quando o casal se separou e Rita assumiu um novo desafio na China. Data dessa altura, aliás, o primeiro grande 'desaguisado' de Marcelo com o filho. Conta-se que o Chefe de Estado sempre foi um fã incondicional da nora e que não aplaudiu de pé a rutura e muito menos o facto de o filho ter assumido uma nova paixão, Juliana Viela Drumond, precisamente a mulher que, anos mais tarde, viria a estar no centro da polémica, por ser, alegadamente, o elo de ligação com Daniela, a mãe das gémeas luso-brasileiras.

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O ADEUS À PRESIDÊNCIA

Ao longo dos últimos anos, Marcelo Rebelo de Sousa enfrentou crises políticas, catástrofes ambientais, situações que levaram o país ao extremo, mas conta quem está próximo do presidente da República que nada o desgastaria tanto como o caso das gémeas luso-brasileiras, por ter colocado em causa a sua idoneidade e também pelo desgosto que lhe traria em relação ao filho.

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"Temos falado, ele não está com a vida facilitada", afirma, acrescentando que o 'caso gémeas' tocou no ponto mais frágil de Marcelo, e por isso o magoou tanto. "É muito complicado, é a dimensão família", disse o padre Vítor Melícias ao 'Expresso', o que, na verdade, retrata bem aquilo por que o presidente passou e que abalou o seu mundo tanto na dimensão política como pessoal.

Ele próprio falaria sobre o assunto para confirmar que a polémica assumiu uma dimensão maior do que tudo aquilo que já tinha vivido na Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
Marcelo Rebelo de Sousa, na praia de Monte Gordo Foto: Maria Madalena
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"As gémeas foram um fenómeno adicional, mas não me desgastou politicamente, desgastou-me pessoalmente. É imperdoável, porque sabe que tenho um cargo público e político e pago por isso", revelou Marcelo Rebelo de Sousa, tentando desvalorizar o assunto. "Ele tem 51 anos. Se fosse o meu neto mais velho preferido, com 20 anos, eu iria sentir-me corresponsável. Mas, com 51 anos, é maior e vacinado".

O caso das gémeas luso-brasileiras acabaria por se colar à reta final do seu mandato, que termina no início de março de 2026, o que quer dizer que, aos 75 anos, Marcelo prepara o seu último ano em Belém e a 'reforma', ainda que dificilmente tenha feitio para estar parado.

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