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Olena Zelenska: a mulher que corre o mundo em nome de um povo da Ucrânia que sofre, mas que só quer voltar a unir a família

Recusa-se a abandonar Kiev, a capital da Ucrânia, mas por questões de segurança há um ano que não vive sob o mesmo teto que o marido, o presidente Volodymyr Zelensky. Por amor à pátria a antiga guionista desdobra-se em contactos internacionais e é hoje o rosto da diplomacia e da resiliência ucraniana. O que resta da antiga vida de Olena? Pouco, muito pouco.
Por Ana Cristina Esteveira | 23 de fevereiro de 2023 às 23:54
Olena Zelenska Flash
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Passava pouco das 03h30, em Portugal, do dia 20 de fevereiro de 2022 quando o mundo mudou! Um ano depois da invasão da Ucrânia pelas forças russas, há já milhares de mortes a lamentar, um país devastado pela guerra, milhões de refugiados e graves prejuízos económicos a nível mundial. Mas este ano de conflito bélico colocou o casal presidencial ucraniano - Volodymyr Zelensky e Olena Zelenska - no centro de todas as atenções. Enquanto ele se mantém ao lado seu povo, sem nunca abandonar a capital do seu país e resistindo aos ataques russos, ela decidiu assumir uma tarefa que lhe era totalmente desconhecida: a da diplomacia. 

A primeira-dama da Ucrânia começou por ser uma peça chave na campanha do governo nas redes sociais para elevar o moral e acionar o envolvimento da comunidade internacional. Depois, aos poucos, tem-se desdobrado em contactos internacionais constantes. Corre o mundo em busca de apoios e é hoje o rosto da resiliência. Abandonou, por vontade própria, o conforto seu lar/bunker [que continua a ser um lugar secreto para manter a segurança dos seus dois filhos, Olesksandra, de 18 anos, e Kyrlyo, de 10] e colocou-se no centro da cena política mundial. A intenção é que a sua voz, em defesa da Ucrânia, se faça ouvir bem alto. Contudo, o seu maior sonho é voltar a reunir a família. Juntar-se ao marido e às duas crianças que deixaram de ver o pai com regularidade e tem uma mãe cada vez mais ausente devido ao seu trabalho de bastidores que a levam a viajar como muita frequência. O que resta da vida antiga dos Zelensky? O resta do passado de Olena Zelenska? Pouco... ou quase nada.

A primeira-dama da Ucrânia começou por ser uma peça chave na campanha do governo nas redes sociais para elevar o moral e acionar o envolvimento da comunidade internacional. Depois, aos poucos, tem-se desdobrado em contactos internacionais constantes. Corre o mundo em busca de apoios e é hoje o rosto da resiliência. Abandonou, por vontade própria, o conforto seu lar/bunker [que continua a ser um lugar secreto para manter a segurança dos seus dois filhos, Olesksandra, de 18 anos, e Kyrlyo, de 10] e colocou-se no centro da cena política mundial. A intenção é que a sua voz, em defesa da Ucrânia, se faça ouvir bem alto. Contudo, o seu maior sonho é voltar a reunir a família. Juntar-se ao marido e às duas crianças que deixaram de ver o pai com regularidade e tem uma mãe cada vez mais ausente devido ao seu trabalho de bastidores que a levam a viajar como muita frequência. O que resta da vida antiga dos Zelensky? O resta do passado de Olena Zelenska? Pouco... ou quase nada.

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Em entrevista recente a uma publicação alemã, a revista 'Zeit', a primeira-dama da Ucrânia responde de forma surpreendente à pergunta como tem passado: "Viva", atira Olena que é hoje o rosto de uma mulher que se recusou abandonar o país em guerra para se manter ao lado do marido e lutar pela paz. Conta que vê o pai dos seus dois filhos uma vez por semana para tomarem uma refeição juntos. Mas há vezes que nem esse almoço lhes é permitido. Ainda assim, não desiste nem se arrepende, pois sabe que há valores mais altos que se levantam: salvar um país e as todas as vidas inocentes, a dos civis, que são as maiores vítimas desta guerra que se arrasta no tempo.

OLENA, A MÃE DA NAÇÃO

Como "mãe da nação" viu-se obrigada a consolar as lágrimas mais amargas de uma nação inteira. Para dar força a todos os pais afirmou perante as câmaras: "Os meus filhos estão a olhar para mim. Não darei largas ao pânico ou às lágrimas. Estarei calma e confiante." Todavia, renega a imagem de ser uma vítima, pois a primeira-dama sabe que os mártires são outros. Não ela! Comparando o seu destino com o da grande maioria dos seus compatriotas, percebe que ainda está entre os privilegiados. O sofrimento de um povo inteiro toca-a profundamente. "Desde que a guerra começou que não consigo pensar em mim, em como estou ou como me sinto. Para isso, falta-me a paz, o sossego. E mesmo quando há silêncio, por mais curto que seja, estou demasiado exausta para me escutar a mim", disse nessa entrevista à 'Zeit'.

OLENA, A MÃE DA NAÇÃO

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Como "mãe da nação" viu-se obrigada a consolar as lágrimas mais amargas de uma nação inteira. Para dar força a todos os pais afirmou perante as câmaras: "Os meus filhos estão a olhar para mim. Não darei largas ao pânico ou às lágrimas. Estarei calma e confiante." Todavia, renega a imagem de ser uma vítima, pois a primeira-dama sabe que os mártires são outros. Não ela! Comparando o seu destino com o da grande maioria dos seus compatriotas, percebe que ainda está entre os privilegiados. O sofrimento de um povo inteiro toca-a profundamente. "Desde que a guerra começou que não consigo pensar em mim, em como estou ou como me sinto. Para isso, falta-me a paz, o sossego. E mesmo quando há silêncio, por mais curto que seja, estou demasiado exausta para me escutar a mim", disse nessa entrevista à 'Zeit'.

Apesar de a vermos sempre impecavelmente maquilhada e penteada e elegantemente vestida, Olena Zelenska confessa que as noites são duras, que lhe custa dormir: "Esta pressão permanente deixa todos no nosso país emocional e fisicamente doentes. Sinto grande dificuldade em dormir", revela na entrevista em que também acrescenta: "Não quero ser o centro de uma trágica e dramática história. Não quero que um dia, no futuro, ao falarem de mim, as pessoas sintam pena" e volta a frisar que não é uma vítima. Por outro lado, também não parece disponível a desculpar os invasores: "É impossível apertar a mão aos que acabaram de matar os nossos entes queridos ou os nossos vizinhos", admite a antiga guionista. 

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Olena e Volodymyr Zelensky Foto: Instagram
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AS SAUDADES DO PAI

Olena Zelenka aceitou ainda dar uma entrevista à estação de televisão espanhola Antena 3, mais concretamente ao programa 'Espejo Público'. A entrevista foi feita num palecete altamente vigiado por militares ucranianos. Os reposteiros mantiveram-se corridos durante a conversa por questões de segurança. Mais uma vez a primeira-dama falou da dificuldade de viver separada do marido: "Isto esgota-nos. Há um ano que não vivemos juntos. Posso comunicar com ele por telefone ou vê-lo no seu escritório, mas as crianças não têm essa sorte e têm saudades dele. Quando se vêem são encontros curtos e estamos sempre dependentes do relógio", conta. Apesar deste relato, a mulher de Zelensky frisa: "Não me quero queixar, isto não é o pior que pode acontecer a alguém em tempos de guerra".  Já sobre o impacto que esta guerra está a ter em si, na sua vida - para além do que salta à vista de todos - Olena Zelenska demora a responder a Susanna Griso, a jornalista espanhola que conduziu a entrevista: "É tudo demasiado traumático", acaba por dizer.  Acrescenta também que "é difícil descrever este estado em poucas palavras, é uma tensão constante, é uma mistura de emoções que todos os ucranianos estamos a sentir, é um cocktail muito difícil, não sabes que emoção esperar a cada minuto".

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Sobre o seu percurso diplomático, diz: "Penso que não fui eu que escolhi este papel para mim, mas que foi este papel que me escolheu a mim", diz a mulher do presidente ucraniano já em entrevista ao jornal suíço 'NZZ'. Se recusa o papel de vítima, também parece não aceitar o de heroína. Olena era uma figura completamente secundária quando o marido foi eleito presidente em 2019. Mal se dava por ela. Com a guerra, a primeira-dama saltou para a ribalta: "Desde a eleição do marido, eles [os ucranianos] nunca repararam muito nela. Mas agora estão a aperceber-se de que ela é real e que gosta deles", revela o chef Klopotenko, um homem que transformou os seus restaurantes em cozinhas comunitárias para soldados e civis, em Kiev.

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COMO COMEÇOU O AMOR 

Olena Kiyashko [o seu apelido de solteira] e Volodymyr Zelensky, 12 anos mais velho do que ela, cresceram na região leste da Ucrânia, frequentando a mesma escola secundária na cidade siderúrgica de Kryvyi Rih, a norte da Península da Crimeia, numa altura em que o seu país alcançava a independência, em 1991. Só que os seus destinos só se cruzaram em 1995, quando ambos frequentavam a universidade da cidade.  Ela inscreveu-se no grupo de teatro da faculdade e foi lá, entre ensaios, que conheceu o aquele que viria a ser o seu futuro marido. Mas Volodymyr teve que esperar por Olena, pois na altura ela tinha namorado e não reparou de imediato nele. 

COMO COMEÇOU O AMOR 

volodymyr Zelensk, Olena Zelensk Flash
Volodymyr Zelensky Foto: Canal 1+1
Volodymyr Zelensky Foto: Kvartal 95
Volodymyr Zelensky Foto: Getty Images
Volodymyr Zelensky Foto: Getty Images
Volodymyr Zelensky Foto: Getty Images (Presidência da Ucrânia/HANDOUT)
Volodymyr Zelensky Foto: KVN
Volodymyr Zelensky Foto: Getty Images
Volodymyr Zelensky Foto: Getty Images
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Além disso, os dois jovens tinham, e continuam a ter, personalidades diferentes: "O meu marido está sempre na ribalta. Eu não sou a alma da festa. Não gosto de contar anedotas." Mas apesar das diferenças que existem entre eles, decidiram casar, em 2003. Ambos começaram as suas carreiras no mundo do espetáculo. Ele como ator e ela como guionisa e nada faria supor que um dia viriam a ter um papel tão importante e determinante na História do país. Quando em 2019 ele decidiu candidatar-se à presidência da Ucrânia, Olena, como a própria já disse em público, foi "agressivamente contra este projeto. Não era sequer um projeto. Era um tomar de rumo diferente na vida."

UMA NOVA VIDA 

Um rumo diferente de vida que a tornou numa figura pública e isso significou "novas realidades", conforme avançou Olena à edição ucraniana da 'Vogue'. E enquanto ainda se estava "a tentar adaptar a elas" "caiu-lhe" no colo uma outra realidade, muita mais dolorosa, sofrida e difícil: ver o seu país em guerra depois de invadido pela Rússia. Assim, de um momento para o outro, a mulher que gostava de se manter na sombra e levar uma vida discreta e longe dos holofotes não se cansa de apelar ao mundo: "Ajudem-nos a pôr fim e este terror contra os ucranianos".

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Um rumo diferente de vida que a tornou numa figura pública e isso significou "novas realidades", conforme avançou Olena à edição ucraniana da 'Vogue'. E enquanto ainda se estava "a tentar adaptar a elas" "caiu-lhe" no colo uma outra realidade, muita mais dolorosa, sofrida e difícil: ver o seu país em guerra depois de invadido pela Rússia. Assim, de um momento para o outro, a mulher que gostava de se manter na sombra e levar uma vida discreta e longe dos holofotes não se cansa de apelar ao mundo: "Ajudem-nos a pôr fim e este terror contra os ucranianos".

Nada a preparou para isto: "Estávamos a viver vidas felizes e nunca pensámos que isto pudesse acontecer. Mas temos esperança", afiançou Olena ao mesmo tempo que que admitiu: "Estes têm sido os meses mais horríveis da minha vida e da vida de todos os ucranianos. Francamente, não acredito que alguém tenha consciência de como conseguimos lidar emocionalmente com isto", acrescentou aquela que é formada em arquitetura, mas que nunca trabalhou na área. 

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