- Lei Transparencia - Ficha técnica - Estatuto editorial - Código de Conduta - Contactos - Publicidade
Notícia
THE MAG - THE DAILY MAGAZINE BY FLASH!

Pressão na mulher! Como Maria João Salgado suporta o barco nos dias difíceis: "Se não fosse ela, Ricardo Salgado não teria aguentado

À FLASH!, o padre de Ricardo Salgado fala sobre a força da mulher de Ricardo Salgado, admitindo que ela é quem mais sofre no meio de toda a polémica. Longe dos filhos e dos netos, o casal leva uma vida solitária no meio de uma casa enorme, em Cascais.
Por Rute Lourenço | 08 de dezembro de 2024 às 20:40

Em conversa com a FLASH!, o padre que celebrava as missas na Capela da família Espírito Santo recorda os anos de ouro da família e como tudo se esvaiu por entre os dedos. Dos amigos influentes que abandonaram Ricardo Salgado, à família, que se desmoronou, já pouco resta desses tempos de ouro.

A DESTRUIÇÃO DA FAMÍLIA: "EU NÃO ACREDITO QUE OS FILHOS ABANDONEM OS PAIS"

pub

Antes de 2004, a casa dos Espírito Santo à beira-mar em Cascais, também conhecida como Palácio Cor-de-rosa, era uma moradia de convívios, sempre cheia de filhos e netos, e sempre pronta para receber mais um. Entre festas, banquetes, celebrações e almoços de família, Ricardo Salgado e a mulher eram um casal em comunhão com os três filhos. Depois disso, inevitavelmente, tudo mudou.

O filho mais velho, Ricardo, emigra para o Canadá com a mulher, Rita Sousa Tavares, Catarina mantém-se na Suíça no castelo onde vive com o marido milionário Philippe Amon, e José, o mais novo, permanece em Portugal, mas o escrutínio público e os olhares de soslaio afetam também a família que deixa de ser uma realidade nos moldes em que todos a conheceram. 

pub

"Está assim cada um para seu lado. Foi realmente uma pena. Uma família extraordinária, com história, com um currículo extraordinário que agora está cada um para seu lado, sozinhos, tristes e em silêncio", lamenta Avelino Alves, acrescentando que, mais do que os filhos, ficarem privados dos netos foi uma machadada para Salgado e a mulher.

"Esse foi um problema muito doloroso também para o dr. Ricardo. Não por causa dos filhos, mas mais por causa dos netos, que estavam na Suíça. Como se sabe, o Ricardo, filho mais velho, emigrou para o Canadá, e depois há o Zé. Aqui, deixaram de ir a casa, porque a pressão dos media era muito grande, foi tudo... Parece quase um abandono, mas eu não acredito que os filhos abandonem os pais, foi mais uma contingência do momento. Mas o que mais me chocou foi os netos que vinham da Suíça, que não iam para casa do avô, ficavam ali perto, num hotel e a pergunta era: ‘porque não vamos para casa do avô? Recordo-me de ele me contar isso e isso chocou-me. Pensei nestas crianças, nestes netos, que não podiam brincar com o avô nem com a avó. Não sei quais foram as explicações que eles deram aos pequeninos, mas foi difícil. Contaram-me isso entre lágrimas, e foi doloroso. As crianças não percebem e fazem perguntas que nós não sabemos como responder e as respostas que nós lhes damos eles também não sabem entender, então criou-se ali uma situação muito, muito dolorosa para o dr. Ricardo e para a Maria João."

pub

"Ricardo Salgado na alma e coração chora e muito. Chora a família que se desmoronou, chora os lesados que não pôde resolver o problema, chora a condição em que chegou, caiu de um pedestal para o chão e a gente passar por cima dele e todos pisarem..."

Perante o cenário difícil, Avelino Alves afirma nunca ter visto lágrimas no rosto do ex-banqueiro, mas uma tristeza percetível a olhos vistos por todos aqueles que tão bem o conhecem, como ele.

Ricardo Salgado, Maria João Salgado, Tribunal Foto: Lusa
Ricardo Salgado, tribunal Foto: Lusa
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
Ricardo Salgado e Maria João Salgado à chegada ao Campus de Justiça Foto: Pedro Catarino / Medialivre
pub

"Nunca lhe vi as lágrimas, mas vi-o muitas vezes triste, de olhar no chão. Mas as lágrimas às vezes não é de rosto, mas de alma e coração e eu penso que ele na alma e coração chora e muito. Chora a família que se desmoronou, chora os lesados que não pôde resolver o problema, chora a condição em que chegou, caiu de um pedestal para o chão e a gente passar por cima dele e todos pisarem, se calhar aqueles que no passado receberam tantos bens, agora atiram pedras."

"SE NÃO FOSSE A MULHER, ELE NÃO TERIA AGUENTADO"

A sabedoria popular diz que é nos tempos difíceis que se vê a fibra das pessoas e é também nessas alturas que a maioria dos casamentos não resiste, e cede à pressão. Mas com Ricardo Salgado e a mulher aconteceu exatamente o oposto: o casal uniu-se na dor, enfrentou de mão dada os problemas e Maria João, habituada a estar na sombra, avessa ao mediatismo e às luzes da ribalta, teve, de repente, de assumir a linha da frente.

pub

Para o padre Avelino Alves, Maria João Salgado tem sido um caso de resiliência e é a grande responsável pelo facto de Ricardo Salgado ter suportado as mudanças na sua vida, a revolta popular e o virar de costas daqueles que julgava amigos.

"A Maria João tem sido uma mulher extraordinária. Eu nunca acreditei que ela tivesse tanta força para o segurar. Ela aparece sempre com ele e é a força dele. Ainda ontem estávamos a falar e é ela a alma... o dr. Ricardo nunca teria aguentado se não fosse ela. Eu nunca imaginei que a Maria João tivesse esta capacidade, esta coragem, este amor, este afeto. De não se deixar cair e de não deixar o homem cair no chão e arrastá-lo", reforça o pároco, reforçando o papel de destaque que esta agora tem ao dar a cara pelos processos numa altura em que a saúde de Ricardo Salgado se apresenta cada vez mais frágil.

"A Maria João tem e mostrou ser uma grande senhora, eu nunca imaginei que ela fosse assim uma mulher de guerra, uma mulher de armas. Sobretudo, mostrou ser ali uma esposa ao lado do marido. Os grandes homens e as mulheres vem-se nas adversidades, nas dificuldades e ela mostrou que é uma grande mulher."

pub

pub
pub
pub
pub

C-Studio

pub