Sexo, celebridades e chuva de champanhe! A loucura das "festas brancas" de P. Diddy que juntavam a nata de Hollywood numa mansão milionária dos Hamptons
Rapper foi preso por tráfico sexual, violação e outros abuso e enfrenta uma pena que pode chegar a perpétua nos Estados Unidos. É o "fundo do poço" de um artista que chegou a estar sentimentalmente ligado a Jennifer Lopez e nos anos 90 e 2000 era o anfitrião das festas mais famosas (e loucas) dos elitistas Hamptons
Chegou a ser apelidado pela CNN americana como o "Gatsby dos tempos modernos", numa analogia direta à personagem de F. Scott Fitzgeral no livro 'O Grande Gabsby', anfitrião das melhores festas dos loucos anos 20. Ora, aqui o caso não era assim tão diferente, mas só na teoria... pois a realidade, hoje, de Sean Diddy Combs é bem mais dura do que a da personagem de ficção.
A lista de nomes pelos quais já foi conhecido é extensa, bem como as acusações de que agora é alvo e que o levaram a ser detido, aos 54 anos, suspeito da prática de crimes como tráfico sexual, violação e associação crimimosa. Na sua carreira como rapper, já foi Puffy, Puff Daddy, P. Diddy ou Love. Serviu também, como produtor, como rampa de lançamento de estrelas como Usher, Mary J. Blige ou Mariah Carey e o seu nome fica também para sempre associado ao de Jennifer Lopez, com quem teve uma fugaz relação amorosa.
Mas se tudo isso faz parte do currículo do rapper, há um acontecimento pelo qual será sempre lembrado, e que tem a ver com as míticas "festas brancas" que dava na mansão que comprou nos Hamptons. De repente, Sean Diddy Combs entrou no famoso retiro dos muitos ricos nos Estados Unidos para marcar a diferença. A sua ideia era fazer convergir no mesmo espaço a chamada nata da sociedade com uma cultura mais underground, em que o rap tivesse forte dominância. O resultado foi uma festa anual, que passou a marcar o verão nos Hamptons, e que quem quer que por lá tivesse passado, nos anos 90, nunca vai conseguir esquecer pela loucura, pelos excessos desmedidos e pelo ambiente recriado na mansão, rodeada por uma área verde em que, de repente, todos perdiam a noção de onde estavam.
"Naquelas festas, eu conseguia ter a mistura mais doida: desde o Leonardo DiCaprio, que tinha acabado de fazer 'Titanic', a socialites, passando por pessoas completamente diferentes. De repente, olhava e tinha 200 pessoas lá fora a fazer um churrasco", contou o rapper em entrevista a Oprah Winfrey, acrescentando que inicialmente, nos Hamptons, essas festas foram recebidas com alguma reserva por parte de uma determinada elite, mas foi só até haver fila à porta para entrar. "No primeiro ano, as pessoas achavam que ia ser o fim do mundo."
A primeira festa teve à volta de 1000 convidados e como 'dress code' foi simplesmente pedido que, qualquer que fosse o estilo, cada pessoa se vestisse integralmente de branco. Esse seria então o mote das festas de Sean Diddy Combs, que marcaram então o início da euforia em torno destes eventos temáticos.
Paris Hilton era uma das que não falhavam uma festa de verão em casa do rapper e admite: "Toda a gente que interessava estava lá. Aquelas festas eram icónicas."
As festas, que começaram na famosa moradia nos Hamptons, entretanto já vendida, iam mudando de localização e foram-se tornando cada vez maiores, cada vez mais comerciais, servindo até para o lançamento de perfumes ou marcas de vodka.
O último registo de que há memória de uma festa branca do rapper foi em 2009, em Los Angeles, mas na altura estas já tinham perdido a aura de misticismo que as tornaram famosas. A casa dos Hamptons que deu o pontapé de saída às festas brancas acabaria por ser vendida por quase cinco milhões de euros em 2022, num momento que agora é uma memória distante para o rapper, que enfrenta uma pena de prisão perpétua com os crimes de que é acusado.