Solidão na doença. Os receios de Cláudio Ramos, que tem sucesso em tudo mas é incapaz de se entregar ao amor
Aos 52 anos, é um dos rostos mais adorados da televisão nacional, mas o seu sucesso televisivo cresce num sentido oposto ao campo amoroso, onde Cláudio revela mais dificuldades em encontrar o seu ponto de estabilidade, o que faz com que enfrente sozinho o problema de saúde que o vai levar ao bloco operatório.Os últimos tempos têm mostrado Cláudio Ramos numa posição de vulnerabilidade. Apesar de, à sua imagem 'descomplicada', tentar relativizar o momento de saúde mais delicado que atravessa, a verdade é que os receios estão presentes. Depois de ter estado uns dias afastado da antena, devido à arritmia que o leva a ser seguido, há mais de dez anos, pela especialidade de cardiologia, o apresentador, de 52 anos, confirmou o cenário extremo: desta vez, a resposta à medicação não tinha sido a melhor, pelo que não restava outra alternativa do que avançar para a cirurgia para combater os batimentos cardíacos irregulares que, por vezes, o assolam.
Trata-se de uma abalação por catéter, uma operação que consiste na utilização de um tubo flexível, o catéter, que é introduzido no corpo através de um vaso sanguíneo e guiado até ao coração. Uma vez no coração, este é utilizado para identificar e destruir as áreas do tecido cardíaco que estão a causar o ritmo cardíaco irregular.
A cirurgia é essencial para reduzir o risco de problemas mais graves, como um AVC. "Tenho fibrilhação auricular. É uma arritmia, não é das piores, mas é má, porque aumenta a probabilidade de alguns problemas. O AVC, por exemplo, cinco vezes mais. Há indicações para tomar anticoagulante. Mas só reduz em 70 por cento o risco, não elimina", começou por explicar Cláudio Ramos para que o público perceba a necessidade de uma cirurgia, à qual já foi submetido há nove anos, com relativo sucesso.
"Depois de nove anos, só tive três episódios de fibrilhação. Dois, converteram com medicação e, este, não converteu. Vou fazer outra ablação, lá mais para a frente, depois das férias."
Apesar de ser um procedimento simples, o momento não deixa de gerar alguma apreensão em Cláudio Ramos, que vive este momento de uma forma muito solitária e reservada, à semelhança daquilo que é a sua vida atual. Muito dedicado ao trabalho, onde atingiria um sucesso retumbante, Cláudio nunca conseguiria atingir a mesma plenitude no amor, onde data de 2023 o seu último momento feliz.
"Tenho ao meu lado uma pessoa de quem gosto bastante. Mesmo", disse, explicando por que razão não publicava fotografias nas redes sociais ou expunha este amor publicamente.
"Sinto que o facto de eu ser esta pessoa me obriga a 'escondê-la' muito bem escondida, para que as coisas possam ir funcionando. Porque se não, não resulta", disse, referindo-se ao mediatismo que poderia expor demasiado o namoro.
Nessa mesma conversa, Cláudio admitia que o namoro era assente no seu lado mais privado, e que poucos conhecem, pelo qual o namorado se tinha encantado.
"Conheceu o Cláudio que muito poucas pessoas conhecem. Creio que foi isso que o encantou. Uma das coisas que me disse foi 'Que surpresa tão boa'. Porque não estava à espera, mas depois, como ele é muito racional, pensa em tudo o que está à volta, tem de medir os prós e os contras. É uma coisa de cada vez".
Apesar da felicidade, o namoro acabaria por não resistir, terminando em total anonimato, da mesma forma como começou, com o apresentador em revelar alguma dificuldade em separar, no campo sentimental, o seu lado mais mediático, que acaba sempre por afetar a sua vida mais íntima, sendo que Cláudio apenas assumiu publicamente dois namorados: o comentador Pedro Crispim e o ator Diogo Faria, ambos romances relativamente longos.
No entanto, a mudança da SIC para a TVI acabaria por elevar o seu mediatismo a um novo patamar, com implicações diretas na vida pessoal de Cláudio, que parece ressentir-se no sentido inverso ao seu sucesso.