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54 imóveis não é para todos! Da Lapa à Quinta no Douro, conheça o impressionante património imobiliário de Luís Montenegro

Planeia mudar-se para uma das zonas consideradas mais elitistas de Lisboa e mora num hotel, depois de ter rejeitado a residência oficial de São Bento, em Lisboa. Em carteira, tem ainda uma quantia milionária declarada em património imobiliário, incluindo a moradia de luxo que servia de quartel general à família em Espinho.
18 de março de 2025 às 20:16
Luís Montenegro e Carla; Hotel Epic Sana; a casa de Espinho
Luís Montenegro e Carla; Hotel Epic Sana; a casa de Espinho

Nunca Luís Montenegro viu a sua vida tão escrutinada como aos dias de hoje. Entre os negócios da empresa Spinumviva, a lista de clientes e as contas bancárias, o seu património está também debaixo dos holofotes, depois de o primeiro-ministro ter comprado dois apartamentos a pronto, numa das zonas mais nobres da cidade de Lisboa, a Lapa, que foram para obras totais e agora estão a ser alvo de uma vistoria da Câmara Municipal de Lisboa, a quem só foram comunicadas as alterações que a família pretendia fazer nas casas (unir dois apartamentos T1 com vista à criação de um duplex), após o 'Correio da Manhã' ter denunciado que tudo já estava em andamento.

Luís Montenegro
Luís Montenegro

A ideia era que esse duplex se tornasse numa espécie de quartel-general da família em Lisboa, uma vez que, pela primeira vez, Carla, a mulher de Montenegro, decidiu deixar a terra natal, Espinho, para acompanhar o marido na vida na capital. Enquanto a casa não fica pronta, o político e a companheira rejeitaram a residência oficial em São Bento, a que tinham direito, tendo feito do Hotel Epic Sana Lisboa, uma unidade de cinco estrelas, junto ao Marquês de Pombal, a sua casa. O espaço conta com piscina, spa e outros luxos de que a família pode usufruir, e aos quais está habituada.

Oriundo de uma família abastada, Luís Montenegro cresceu em Espinho, mas já na época passava longos períodos na Quinta de vários hectares no Douro, e da qual é o legítimo herdeiro, uma vez que foi precisamente naquele cenário que o irmão do primeiro-ministro viria a falecer, com apenas 45 anos. "Estavam na quinta que nós temos no Douro e, pronto, teve um ataque. Um ataque súbito, cuja intervenção demorou um bocadinho”, contaria no ano passado o político, revelando que a ajuda não chegou mais cedo não por culpa do sistema, mas porque "a quinta é isolada e a acessibilidade não é fácil".

Aquando da morte do pai, aos 66 anos, Luís Montenegro herdaria também uma série de prédios rústicos, na zona de Bragança, e que constam da declaração de património e rendimentos entregue à Entidade para a Transparência. Foi através desse documento que se ficou a conhecer um pouco melhor o impressionante património imobiliário do político, que declarou deter cinco prédios urbanos e 49 rústicos, num total de mais de 641.000 euros, valor atribuído pelo Fisco para efeitos de pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). O valor mais elevado à época referia-se à imponente moradia na qual a família Montenegro vivia em Espinho, e que está avaliada em mais de 500 mil euros e que, na verdade, também esteve debaixo de fogo, com a abertura de um inquérito-crime com base numa denúncia sobre eventuais benefícios fiscais ilegítimos para a construção da mesma. "Não tive acesso a nenhum benefício fiscal que não tivesse sido atribuído, exatamente nos termos de qualquer outro cidadão, diretamente pela lei", justificou o então líder do PSD, em 2023, sendo que a queixa acabaria arquivada.

Já em relação ao capital, Montenegro disse dispor entre a sua conta à ordem e investimentos mais de meio milhão de euros disponíveis.

Na altura, Luís Montenegro tornou-se no primeiro chefe de Governo a apresentar este documento, por uma questão de transparência, alheio a que a sua idoneidade voltaria a ser colocada em causa de múltiplas formas. Além do alegado conflito de interesses em torno da empresa Spinumviva, o político é ainda acusado de ter omitido em tribunal a conta da mulher, de onde saíram 45 mil euros da verba usada para pagar a pronto uma das casas da Lapa. No total, as duas custaram à família perto de 700 mil euros e o primeiro-ministro afirma que a ideia era colocá-las no nome dos filhos e que só não o fez para que não o acusassem de se tratar de uma manobra para conseguir ter acesso aos benefícios fiscais destinados à faixa etária dos mais jovens. De uma forma ou de outra, não se viu livre das polémicas e das justificações públicas que agora é obrigado a dar.

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