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A nova vida. Depois do pesadelo, Bárbara Guimarães reergue-se longe dos grandes palcos e assume mudanças

Depois do turbilhão de emoções do processo de violência doméstica e de enfrentar um cancro, a apresentadora recuperou finalmente o controlo da sua vida, que agora é mais virada para dentro e dedicada ao que a faz feliz. Em tempo de mudanças, admite estar em paz depois de uma fase em que assume ter seguido os conselhos de Rodrigo Guedes de Carvalho e "mergulhado" para se abstrair do terror à sua volta.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
24 de novembro de 2025 às 19:03
A nova vida. Depois do pesadelo, Bárbara Guimarães reergue-se longe dos grandes palcos e assume mudanças
Bárbara Guimarães encontra paz após batalha judicial e cancro na mama
Bárbara Guimarães supera desafios e regressa à televisão após processo difícil
Bárbara Guimarães reergue-se após batalha judicial e cancro, focada em projetos de decoração
Bárbara Guimarães reflete sobre a vida após o processo de violência doméstica e o cancro
Bárbara Guimarães encontra paz após batalha judicial e cancro na mama
Bárbara Guimarães supera desafios e regressa à televisão após processo difícil
Bárbara Guimarães reergue-se após batalha judicial e cancro, focada em projetos de decoração
Bárbara Guimarães reflete sobre a vida após o processo de violência doméstica e o cancro

No rescaldo da fase mais difícil, Bárbara Guimarães acordava e deitava-se com a sua vida pessoal esmiuçada em praça pública. Naquele que se tornaria um longo e desgastante processo em tribunal, a apresentadora lutava para ser levada a sério quando dizia que era vítima de violência doméstica e erguia também a bandeira da causa, trazendo para o debate um tema tantas vezes ainda tabu. No entanto, a coragem e a batalha da estrela da SIC tiveram um preço: invariavelmente a vida como a conhecia mudou e a apresentadora sentiu necessidade de levar uma vida mais recatada, afastando-se dos grandes palcos mediáticos. Ao mesmo tempo, como um sinal de que tudo isto teve um impacto duríssimo na sua vida, o corpo acabaria também por se ressentir, com Bárbara a lutar contra um cancro na mama.

Passaram-se mais de dois anos desde que Manuel Maria Carrilho foi condenado em definitivo por violência doméstica, num processo que parecia interminável e que mudou tudo na vida de Bárbara. “Muitas vezes me perguntam se estes 10 anos prejudicaram a minha carreira. Não posso fugir à resposta, nem esconder a realidade: prejudicaram loucamente. Mas não desisti. Não baixei os braços. E assim que recuperei dos tratamentos do cancro, só queria voltar a trabalhar", escreveu na sua autobiografia, acrescentando que na altura um dos melhores conselhos que recebeu veio de um colega da SIC: Rodrigo Guedes de Carvalho: "Mergulha".

Foi o que Bárbara fez. Durante muito tempo, o silêncio foi a sua arma para lidar com o que lhe estava a acontecer, ao mesmo tempo que tentava resgatar também a relação com o filho mais velho, Dinis, que se tinha ressentido da batalha entre os pais. Hoje, à distância, e com tudo mais calmo, Bárbara recuperou uma existência feliz, que lhe deu também importantes lições sobre como levar a vida com mais calma.

A grande diferença surgiu, talvez, na televisão, onde a apresentadora deixou os principais canais para assumir programas no cabo, como o 'Elite Design', na SIC Mulher, um novo formato ligado à decoração, e no qual Bárbara vai buscar um bocadinho a veia artística que lhe foi passada pelos próprios pais. Um mediatismo mais tranquilo que leva a que, na grande maioria dos casos, a estrela quase se esqueça que é uma figura pública, conforme confidenciou em entrevista ao 'Observador'.

"Tenho uma vida normalíssima, mesmo normalíssima. A única dificuldade que tenho é só quando chegam ao pé de mim e perguntam assim: ‘olá, Bárbara’. E eu a pensar assim: ‘de onde é que eu conheço?’. E depois percebo que não conheço de lado nenhum. Que simplesmente está ali a falar e que quis falar. Mas só percebo no fim", diz, acrescentando não cultivar o ego de vedeta, levando uma vida com normalidade.

Aos 52 anos, afirma também tentar encarar o passar dos anos de forma tranquila e estar muito atenta aos ensinamentos que a vida lhe dá, e que se traduzem na paz interior em que agora vive. "Pronto, o tempo passa, é verdade. Não acho que os 50 sejam os novos 40. Acho que os 50 são os 50. Os 60 são os 60. É o tempo a passar, e é cuidar. Cuidar desse templo que está presente todos os dias. E a vida vai-se encarregando de apreciarmos e tentarmos um caminho onde esteja presente mais aquilo que gostamos, mais aquilo que nos faz mais completos, mais inteiros. Procurando a felicidade, a alegria nas pequenas coisas", explica, admitindo valorizar agora muitos pequenos aspetos do dia a dia, principalmente desde que viveu a experiência limite do cancro, que tudo mudou.

"Se calhar, fez-me despreocupar-me, por exemplo, com a beleza. É um período que é duro e que se tem que travar e que é uma maratona de fundo. Não é um sprint, é mesmo uma maratona que demora o seu tempo. E é um tempo que eu considero ainda bastante comprido. Mas ao mesmo tempo, quando a pessoa vê que conseguiu dar a volta, que conseguiu superar… Claro que as coisas nunca são iguais ao que eram. Porque há algumas valências que se vão perdendo. Seja pelos tratamentos, tanto os químicos, como também a idade. Sei lá, eu às vezes até brinco: ‘Já não sei se isto é da idade ou se é do que for’ (risos). Mas a verdade é ver as coisas com muito mais distância, mais em paz. Eu, por exemplo, convivo bem com as minhas cicatrizes. Se calhar antigamente achava que agora estou a ficar assim, agora isto ou aquilo, ou tenho isto… Não, isso faz parte. E quando conseguimos gostar de nós como estamos, não é mau. Não é nada mau."

MANUEL MARIA CARRILHO SAI DE CENA

O final do processo de violência doméstica marcaria o fim de uma era de batalhas para Bárbara Guimarães e a derradeira condenação de Manuel Maria Carrilho que se provou ter exercido violência doméstica sobre a apresentadora da SIC durante o período de casamento.

Depois de um período de grande exposição mediática, também Manuel Maria Carrilho se afastaria da cena pública. Hoje, com 74 anos, não há muito que se saiba acerca da vida do ex-ministro da Cultura, que continua a lecionar algumas disciplinas, mas optou por não voltar a aparecer na esfera mediática.

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