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Descartado por Victoria Federica, Afonso de Bragança assume-se agora como pretendente da princesa Leonor

Aquele que é, a seguir ao seu pai, pretendente à Coroa de Portugal poderá vir a ser rei consorte de Espanha? Esse é um cenário que não é descabido, pois o filho mais velho de Dom Duarte Pio figura de uma lista dos melhores candidatos a casarem com a princesa das Astúrias, filha de Felipe VI e de Letizia Ortiz.
Ana Cristina Esteveira
Ana Cristina Esteveira
18 de janeiro de 2024 às 23:21
Princesa Leonor
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Princesa Leonor
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Os tempos mudaram. Mudaram muito. Tanto que os casamentos na monarquia há muito que deixaram de ser "contratos". Deixaram de ser relações combinadas entre casas reais que, na base, tinham apenas os interesses políticos como, por exemplo, a união entre dois reinos. No passado, a coroa assumia o casamento como um instrumento de política externa. Depois, passou-se a escolher os noivos e as noivas dos herdeiros aos tronos pelos títulos nobiliárquicos, fortuna pessoal, alianças dinásticas, redes de poder e, especialmente, pela preparação para a função que iriam ter de desempenhar como "consortes". O amor não era sequer equacionado nestes casamentos "arranjados", de conveniência e previamente acordados pela família.

Não precisamos de recuar muito no tempo para perceber que ainda na década de 80 do século passado [1981] o mundo assistiu a um casamento que foi "combinado": o de Carlos e de Diana de Inglaterra. Enquanto ela era uma noiva apaixonada pelo seu príncipe, já ele – o herdeiro do trono – casou com a noiva "perfeita", mas que não era, de todo, a mulher que ele amava. Essa chamava-se Camilla Parker Bowles. Obedecendo aos pais, a rainha Isabel II e o duque de Edimburgo, o príncipe de Gales abdicou do amor em prol do país e da coroa. Mas se lá atrás, no tempo, os casamentos combinados eram para a vida, também isso começou a mudar. Para além do próprio casamento de Carlos e Diana ter acabado em divórcio, quase todas as casas reais da Europa têm divórcios na sua história recente. Veja-se o caso do Mónaco, de Espanha, da Dinamarca, de Inglaterra e dos Países Baixos.

O FUTURO DA PRINCESA LEONOR

Quando os casamentos reais deixaram de ser combinados e o amor passou a ser a prioridade maior dos príncipes e das princesas, abriram-se as portas dos palácios aos plebeus. Pessoas comuns, muitos sem fortuna pessoal e completamente impreparados para as responsabilidades que os esperavam. Hoje, não há família real que não tenha, pelo menos, um plebeu como membro. Isto acontece até nas monarquias mais conservadoras, como é Inglaterra e Espanha. Caso para dizer que a tradição já não é o que era.

Vem tudo isto a propósito de Leonor, a herdeira do trono de Espanha. A jovem, de apenas 18 anos, tem a seu favor o facto de ser uma princesa moderna do século XXI e da monarquia do seu país já não ser tão fechada e conservadora como foi num passado recente. Veja-se o caso do seu próprio pai: Felipe ameaçou Juan Carlos e Sofia – na altura os reis espanhóis – de abdicar do seu direito à coroa caso não lhe permitissem casar com Letizia Ortiz, uma plebeia que já havia sido casada. "Caiu o Carmo e a Trindade", mas Juan Carlos não teve saída, nem forma de se opor à vontade do filho, mesmo considerando que a ex-jornalista não era a mulher certa para vir a ser rainha. Foi, portanto, a história de amor de Felipe e Letizia que abriu as portas de um futuro bem mais risonho para Leonor.

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A festa da coroação de Felipe e Letizia

OS ESCÂNDALOS QUE PÕEM EM RISCO A MONARQUIA 

Só que ninguém esperava que a coroa do país vizinho viesse a ser abalroada por sucessivos escândalos que fizeram abalar seriamente os alicerces da instituição. Começou com o caso Nóos, que levou Iñaki Urdangarin à prisão e envolveu a nome da própria infanta Cristina, filha de Juan Carlos e irmã de Felipe VI, em supostos crimes de prevaricação, desvio de capitais, fraude, tráfico de influência e delitos contra o tesouro.

Depois, seguiu-se o próprio rei. Juan Carlos foi incriminado em delitos de corrupção internacional, branqueamento de capitais e fraude fiscal. O escândalo foi tão grande e grave que teve de abdicar em favor do filho e abandonar o país. Exilou-se nos Emirados Árabes Unidos e por lá permanece. Em simultâneo a tudo isto aconteceu ainda o impensável: a imprensa decidiu romper com o acordo tácito que existia com a casal real, calando todas as aventuras amorosas de monarca. Rompido este pacto de silêncio, ficou-se a saber o quanto Juan Carlos levava uma vida devassa da qual faziam parte muitas amantes. Corinna Larsen, cega pela vingança, a alemã com quem o rei emérito de Espanha traiu a rainha Sofia durante tantos anos, ainda não desistiu de revelar todos os supostos podres de Juan Carlos e garante que quer ir até às últimas consequências. A ambição e a mágoa superam em larga escala as recordações de um passado apaixonado. Se é que o houve.

O PIOR DE TODOS OS ESCÂNDALOS: LETIZIA TRAIU FELIPE?

Perante os males infligidos aos pilares da monarquia, Felipe e Letizia fizeram de tudo para se distanciarem dos escândalos. Afastaram os Borbón – todos eles – do palácio da Zarzuela e esforçaram-se para mudar a coroa.  Trabalharam (muito) para dar à instituição uma imagem de modernidade, de integridade, de honra e lealdade ao povo. Não tem sido um caminho fácil, mas os reis têm-se mostrado determinados em conseguir "limpar" a monarquia.

Só que nem Letizia nem Felipe estavam preparados para um novo escândalo. E este completamente destruidor para a imagem impoluta da rainha. Jaime del Burgo, ex-cunhado da ex-jornalista [foi casado com Telma Ortiz, irmã de Letizia] veio revelar que teve um caso amoroso com a rainha. Antes e depois desta se casar com o rei. Mesmo não se sabendo se estas afirmações são ou não verdadeiras, a verdade é que a imagem da mulher de Felipe VI estará para sempre manchada e sob suspeita.

Isto acabou por atrair todas as atenções para Leonor. Se for impossível manter Letizia sentada no trono ao lado de Felipe, é muito provável que a princesa das Astúrias seja chamada – mais cedo do que estava previsto – a assumir o seu lugar na monarquia. O pai poderá abdicar em sem favor. Tudo para que a coroa não caia e Espanha se torne, inevitavelmente, numa República.

AFONSO DE BRAGANÇA, O GENRO PERFEITO

Pelo bem da coroa, o casamento da jovem princesa também já não poderá ser feito de ânimo leve. O escândalo que envolve o nome de Letizia pode ter hipotecado a felicidade de Leonor. Talvez esta não possa vir a escolher o seu futuro marido movida apenas pelos ímpetos do amor. Há quem diga que se a princesa das Astúrias quiser salvar a monarquia tenha que casar com o "marido perfeito". Um homem que não venha a fazer perigar ainda mais a instituição. Assim, veio a público uma lista em que se apresentam os pretendentes ideais à mão da princesa. Afonso de Santa Maria, o filho dos duques de Bragança, figura nessa lista.  O filho mais velho de Dom Duarte Pio de Bragança e de Dona Isabel de Herédia, pretendente ao título de Príncipe da Beira e de Duque de Barcelos. Tem 27 anos e não se lhe conhece qualquer relação amorosa e, por isso, é considerado pela imprensa internacional como um dos "solteiros de ouro" da aristocracia europeia. Ter nascido no seio de uma família nobre, ter uma formação académica esmerada e ser um jovem discreto a quem nunca lhe foram imputados quaisquer escândalos, nem mesmo os que são próprios da juventude, faz do príncipe da Beira um pretendente a ter em conta.

Ainda recentemente o nome do jovem português foi relacionado com Victoria Federica, prima da princesa Leonor. Ao que parece, Jaime de Marichalar – ex-marido da infanta Elena e pai da jovem rebelde – considerou que Afonso de Santa Maria seria o noivo ideal para a filha. O português é o aristocrata que o ex-duque de Lugo gostaria de ver de braço dado com a prima de Leonor. Só que Victoria Federica parece nem querer ouvir falar no português cuja família tem um bom relacionamento com os Borbón e que, além do mais, é afilhado da princesa Elena Sofía de Borbón-Dos Sicilias.

OS RIVAIS DO PORTUGUÊS

Mas mesmo tendo sido "preterido" por Vic – como é carinhosamente tratada a filha da infanta Elena - Afonso de Bragança reúne em si todas as qualidades exigidas a casar com a herdeira de um trono tão importante como é o de Espanha. O filho dos duques de Bragança enfrenta, no entanto, dura e forte concorrência. Da lista de pretendentes ideais a casarem com Leonor de Borbón fazem também parte os seguintes "solteiros de ouro":

  1. Príncipe Hashem da Jordânia, filho do rei Abdullah II e da rainha Rania.
  2. Príncipe Alfons de Liechtenstein, é o único filho do príncipe Maximiliano de Liechtenstein e de Ângela Gisela Brown. Alfons ocupa a sexta posição na linha de sucessão ao trono do pequeno principado.
  3. Ignacio [Nacho] de Borbón, é primo afastado de Felipe VI, descendente de alguns de los reis mais importantes da história de Espanha, como Carlos IV, Carlos V e Felipe V.
  4. Achileas Andreas da Grécia, é o terceiro filho de Pablo, príncipe herdeiro da Grécia e de Marie Chantal Miller. Pablo é primo direito de Felipe VI e já foram os melhores amigos. Já Marie Chantal é tida como uma "inimiga" de Letizia.
  5. Ferdinand von Habsburg, é o filho mais velho de Karl von Habsburg- Ferdinand é herdeiro das pretensões dinásticas da Casa de Habsburg. É bisneto do imperador Carlos I da Áustria.
  6. Príncipe Mouay Hassan, é o filho mais velho do rei Mohammed VI e de Lalla Salma (a rainha desaparecida).

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