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Como controlar esta filha? O pesado fardo de Letizia: ser mãe de Leonor, a futura rainha de Espanha

A mulher do rei Felipe VI não se tem poupado a esforços para que a monarquia espanhola não fique (ainda mais) manchada com novos escândalos que possam fazer perigar a instituição. Chamou a si o papel de impedir que alguma coisa ou alguém se interponha no caminho da princesa das Astúrias até ao trono. Só quando Leonor receber a coroa e o ceptro de ouro, Letizia descansará.
Ana Cristina Esteveira
Ana Cristina Esteveira
23 de março de 2023 às 23:21
A despedida da princesa Leonor
A despedida da princesa Leonor
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A despedida da princesa Leonor
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A despedida da princesa Leonor
A despedida da princesa Leonor
A despedida da princesa Leonor
A despedida da princesa Leonor
A despedida da princesa Leonor

Não foi criada para ser princesa, muito menos para ser rainha. Não era expectável por ninguém, muito menos por ela, que um dia seria pedida em casamento pelo príncipe herdeiro, Felipe de Borbón de seu nome. Além do mais, a jornalista da TVE nem sequer reunia as "condições mínimas" para que isso viesse a acontecer numa monarquia tão tradicional quanto é a de Espanha. Era uma mulher divorciada, com ideias republicanas, plebeia, com um passado marcado por alguma rebeldia e várias ligações sentimentais, ateia e com uma personalidade nada dócil. Além disso, correm rumores que terá feito um aborto. Isto tudo para dizer que com este "currículo" era muito pouco provável que viesse a entrar para a família real. Por muito menos já outras namoradas haviam sido vetadas pelo apertado crivo dos Borbón.

Juan Carlos e Sofia ainda tentaram proibir este casamento, mas o príncipe das Astúrias, perdidamente apaixonado, colocou os pais contra a parede: ou aceitavam Letizia ou ele abdicava do seu direito à coroa. Perante esta clara chantagem, os então reis de Espanha ficaram sem qualquer margem de manobra.  Não lhes restou outra coisa senão aceitar a "neta do taxista" – como Juan Carlos depreciativamente a alcunhou – como nora.  Mas verdade seja dita que Letizia Ortiz não se tem saído nada mal na tarefa que lhe deram a cumprir: ser rainha consorte.

A GUARDIÃ DA MONARQUIA 

Com uma personalidade muito vincada, teimosa e determinada, a mulher de Felipe VI fez (e continua a fazer) de tudo para que os Borbón e os mais férreos monárquicos que nunca gostaram dela, tenham motivos para a destratar, como fizeram no início. O fervor e esmero com que assume todas as suas responsabilidades têm uma razão: não dar razão ou trunfos aos seus "inimigos". Dá-lhe especial gozo ver todos os que disseram mal dela a "engolir vários sapos" ao terem de reconhecer que, afinal, ela está à altura de tão alto cargo e função. Se na juventude teve ideias republicanas, hoje é ela a maior guardiã da monarquia. E não poderia ser de outra maneira já que além de ser um dos símbolos da instituição, Letizia é mãe da futura rainha do país vizinho. Sem ter nascido com sangue azul a correr-lhe nas veias, a antiga da jornalista transformou-se na mais real dos Borbón. É ela que zela para que nada mais manche a imagem da coroa. Tem afastado todos os que podem fazer perigar a monarquia e o futuro da filha. Veja-se o que fez aos cunhados, os ex-duques de Palma, Cristina e Iñaki Urdangarin, e o próprio sogro. Foi ela que batalhou para que o rei emérito saísse de Espanha e se exilasse a milhares de quilómetros de casa, nos Emirados Árabes Unidos. Mais: não quer qualquer aproximação dos sobrinhos rebeldes, Froilán e Victoria Federica, filhos da infanta Elena e de Jaime Marichalar, ao Palácio da Zarzuela.

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Guerra aberta entre as rainhas Letizia e Sofia

Resumindo, na verdade ela quase que alienou todos os elementos da família do marido. A sua intenção é que não tenham qualquer hipótese a provocar novos escândalos que possam, de alguma forma, impedir a chegada de Leonor ao trono. É também essa a razão que a leva a barrar qualquer contacto entre as filhas, Leonor e Sofia, com o avô, que não veem há já quatro anos, com os primos, com quem se cruzam apenas em raríssimos eventos familiares, e com as tias, Elena e Cristina. Somente a rainha emérita tem acesso às duas jovens, e mesmo assim não tanto quanto a grega desejaria.

A DIFÍCIL TAREFA DE EDUCAR UMA FUTURA RAINHA 

Mas com o dia em que a princesa das Astúrias sucederá ao pai, em mente, Letizia tem tido o difícil papel de educar a futura rainha. É evidente que conta com o apoio de Felipe VI, mas a antiga jornalista tem a mania de controlar tudo, especialmente no que às filhas diz respeito. Desde sempre que foi ela a assumir o papel principal no que se refere à educação. Só que é aqui que enfrenta o seu maior dilema. Por um lado, sempre disse que queria que Leonor e Sofia tivessem uma vida o mais normal possível, igual a qualquer criança e, depois, a qualquer adolescente da mesma idade. Mas tem-se vindo a verificar que não é bem assim.

Nem elas, pelo seu estatuto, são jovens iguais a todas as outras, nem a rainha é tão "liberal" como apregoa. Letizia é tida como uma mãe austera, controladora e que impõe inúmeras regras. Em Espanha, a imprensa sempre disse que tanto a princesa como a infanta levavam uma vida quase monástica. Rodeadas de luxos, mas com um acesso muito restrito à vida fora dos muros da Zarzuela. Quando já todos os seus colegas tinham telemóveis, elas estavam impedidas de ter um aparelho. O mesmo se passava com as redes sociais, algo proibido às filhas de Felipe VI. Até a roupa era escolhida pela mãe, que durante muitos anos teve tendência para infantilizar as duas jovens. Ainda hoje, o guarda-roupa de Leonor e Sofia é criticado. Dizem os especialistas em moda, que elas se vestem de forma nada adequada às suas idades. Sempre que aparecem em público usam peças demasiado clássicas para a idade. Nem a própria Letizia – com um sentido de moda muito apurado – adota este estilo mais conservador. Pelo contrário, é conhecida por arrojar e já houve vezes em que até enfrentou as regras do protocolo real.

A PERDA DE CONTROLO

A ida de Leonor para o País de Gales onde estuda ciências, artes e humanidades num colégio de elite, o UWC Atlantic College, foi a primeira contrariedade que a mulher de Felipe VI teve de enfrentar. Foi obrigada a aceitar esta ida da filha para o estrangeiro e perder um pouco o controlo. Ainda assim, o ascendente que exerce sobre Leonor é tão grande que não há passo que a jovem dê sem o comunicar à mãe. Diz-se que mesmo à distância, Letizia sabe de tudo o que se passa no colégio.

Em setembro caberá a vez de Sofia de seguir os passos da irmã mais velha. A infanta deixará Madrid e a asa protetora da mãe para continuar os seus estudos secundários também na Grã-Bretanha. Ao mesmo tempo, Leonor regressa a Espanha para prosseguir a sua formação académica. Formação essa que passa pela Academia Militar de Zaragoza. Passará ainda pela Academia Militar de Pontevedra e da de Múrcia. Só quando tiver 21 anos é que a herdeira do trono de Espanha estará livre do regime militar.

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Princesa Leonor regressa a 'casa' e rouba todas as atenções

ELA NÃO SE CONFORMA

São três anos de formação que não foram determinados por Letizia. A rainha não foi tida nem achada. Terá sido uma imposição de Felipe e do próprio Governo, pois quando a princesa das Astúrias completar 18 anos, a responsabilidade da formação sai das mãos dos pais para passar para o Governo. E é aqui que a rainha mostra o seu desagrado. Ela não quer entregar a ninguém o papel que sempre foi seu. Não abdica de controlar o futuro da filha. A rainha andará contrariada por não poder tomar decisões quanto ao futuro da filha mais velha. Felipe, por sua vez, que foi criado para ser rei e que sabe os sacrifícios que isso implica, considera que a formação militar só trará benefícios à princesa. Tem-se, portanto, mostrado intransigente. Leonor seguirá o caminho que lhe estava destinado desde o nascimento, quer Letizia queira ou não.

A rainha está deveras preocupada, especialmente depois de tomar conhecimento que o Ministério da Defesa se prepara a ser ainda mais exigente com Leonor do que foi com o seu pai e com o avô. O percurso militar da jovem apresenta-se duro e marcado por muitos sacrifícios. Logo, a mulher de Felipe VI teme que a filha não aguente o que a espera. E uma saída a meio da formação poderia manchar a imagem de Leonor. Algo, completamente insuportável para a rainha. Como se vê, o fardo da antiga jornalista é demasiado pesado quando se trata de dar a Espanha uma rainha perfeita, já que ela, Letizia, enfrenta muitos obstáculos à sua própria vontade.

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