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Guerras, inveja e exaustão! O que levou ao fim dos Excesso, que agora põem pedra sobre o passado, num concerto completamente esgotado

Mítica boysband dos anos 90 volta a reunir-se hoje na Altice Arena. Os anos de glória da banda a curva descendente dos membros, que viram a sua vida destruída por polémicas pessoais. Do rumor gay de Melão à brutal agressão de Paulo Rocha, que atirou Gonzo para uma cama de hospital.
18 de maio de 2023 às 22:36
Excesso
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Não sabemos se foi da pandemia, que deu espaço para o revivalismo crescer, ou o que aconteceu efetivamente, mas a verdade é que, de repente, deu uma vontade inexplicável de se voltar a cantar 'Eu sou aquele que te quer' ou uma série de músicas que se trauteavam em todo o lado nos anos 90. Num fenómeno que não é só português - basta ver-se casos de sucesso como as Spice Girls ou os Backsteetboys - há uma série de boysband que estão de volta e com salas esgotadas para fazer os fãs emocionarem-se ao recordarem os doces anos 90, em que tudo parecia mais leve, ou outra idade retirava o peso da vida como a conhecemos agora. Em festas estilo 'Revenge of the 90's' ou concertos de antigas boysband, tudo vale para celebrar esta década, que foi para muitos de ouro!

Depois do sucesso estrondoso dos D'Zrt, que voltaram em grande com uma Altice Arena 'à pinha', que fizeram os fãs chorar por Angélico Vieira, que comoveram uma sala inteira e ainda têm muitas datas para brilhar, este fim de semana é a vez dos Excesso, outro dos míticos grupos que marcaram aquela década onde as boysband faziam escola e despontavam no panorama nacional.

D'Zrt
D'Zrt

É esta sexta-feira que o grupo composto por Duck, Melão, Carlos, João Portugal e Gonzo sobe ao palco da Altice Arena, que vai estar completamente lotada para assistir ao comeback da banda que fez sucesso entre 1997 e 1999. Foram anos de ouro para o quinteto que pôs meio país a saber de cor os versos de 'Eu Sou aquele que te quer e mais ninguém'  e que hoje, 25 anos depois, o grupo recorda com saudade.

A reunião só foi possível com muito boa vontade dos cinco que, com agendas completamente diferentes, conseguiram encontrar um tempo extra para ensaiar e preparar o grande espetáculo. "Juntar cinco agendas é de loucos. Tramado mesmo. É uma ginástica maluca. Por isso tentamos conciliar o máximo de coisas possíveis nos dias que estamos todos em Lisboa: entrevistas, ensaios vocais, de luzes, coreografias, conteúdos digitais, produções fotográficas. É literalmente das nove da manhã às nove da noite", conta Melão, um dos membros mais icónicos da banda, prometendo um concerto de emoções fortes. "Vamos dar mesmo tudo. Estamos atentos a todos os detalhes. Os concertos vão ser tudo o que possa passar pela cabeça de uma pessoa que pode ver num espectáculo... quando chegar o dia do concerto é só espreitar no Altice Arena".

Excesso, Melão, Duck, João Portugal, Carlos, Gonzo
Excesso, Melão, Duck, João Portugal, Carlos, Gonzo

Nos ensaios as coisas, segundo Melão, correram às mil maravilhas. "A química entre nós está lá", assegura. "Agora é só esperarem para ver", deixa no ar.

GRUPO-MARAVILHA SEPAROU-SE AO FIM DE DOIS ANOS

No final dos anos 90, os Excesso estavam no auge da fama. Viviam anos de ouro com os seus protagonistas a conquistarem uma autêntica legião de fãs, que esperava por mais discos e sucessos. Tudo menos aquilo que acabaram por anunciar: a separação do grupo com cada um dos artistas a seguir caminhos opostos.

Sobre o que aconteceu muito se especulou, mas só os próprios saberão e não têm muita vontade de partilhar. À época falou-se numa zanga entre João Portugal e Carlos, mas Melão garante que nada se passou dessa maneira. "O que levou ao fim dos Excesso foi o trabalho em excesso. Era a loucura. Juro. Era tudo muito giro, mas desde o momento em que começámos a vender discos que a coisa virou uma loucura. Não se parava. O ano tinha 365 dias e nós tínhamos por ano 400 espetáculos, fora entrevistas, presença em discotecas, e tudo e mais alguma coisa. O cansaço acumulou-se de tal maneira... não dava. Chegámos a ter que negociar horas de sono. Era impossível continuar. Era um ritmo alucinante..."

Excesso, Melão, Duck, João Portugal, Carlos, Gonzo
Excesso, Melão, Duck, João Portugal, Carlos, Gonzo

Contudo, não nega terem havido zangas entre os cinco. "Claro. Mas onde é que não há? Claro que houve desacordos mas nada de grave".

Apesar de agora preferir desvalorizar o assunto, a verdade é que, em entrevista ao 'Alta Definição', da SIC, Melão acabou por admitir que os únicos culpados pela morte da banda foram os próprios. "Fomos nós que matámos o projeto estupidamente. Um porque queria o protagonismo, o outro porque tinha inveja, o outro porque queria cantar mais, outro porque queria ser o mais boneco", recordou Melão sobre o fim da banda. "Infelizmente acabou como acabou, na altura em que acabou. Não foi a altura certa. Aquilo poderia ter durado anos e anos. E depois houve o excesso de trabalho. Fomos levados ao nosso limite. Hoje quando olhamos para trás vimos que fomos todos burros. Devíamos ter tido muito mais descernimento. Não tivemos. Éramos uns miúdos".

Excesso, Melão, Duck, João Portugal, Carlos, Gonzo
Excesso, Melão, Duck, João Portugal, Carlos, Gonzo

AS POLÉMICAS PESSOAIS

Aos motivos que levaram ao fim do grupo somaram-se as polémicas pessoais de alguns dos intervenientes nos anos que se seguiram ao fim da banda. Melão acabaria por ser, involuntariamente, o membro no centro de todas as controvérsias devido ao rumor plantado no início dos anos 2000 de que mantinha um relacionamento amoroso com o então jogador do Benfica, José Calado.

Melão, José Calado
Melão, José Calado Foto: Instagram | CMTV

Na altura, brilhava por conta própria, como cantor a solo, e hoje não tem dúvidas de que o rumor lhe destruiu a carreira. "Estragou-me completamente a vida. Nesse ano tinha 250 mil euros marcados em espetáculos, foram todos cancelados. De repente, de 250 mil euros que ia ganhar naquele ano, ganhei zero. Condicionou a minha vida para os próximos 20 anos. Fora que fui gozado na rua", contou no 'Alta Definição'.

Na altura, também o nome de Gonzo andava pelas bocas do mundo devido à brutal agressão de que foi alvo por parte do ator Paulo Rocha. Tudo aconteceu em 2007 quando os dois se cruzaram numa discoteca em Rio Maior. Gonzo, então DJ, namorava com Dânia Neto, 'ex' do ator. Terão sido os ciúmes a motivar a brutal agressão que levou o ex-Excesso ao bloco operatório e que fez com que, anos mais tarde, após levar o caso a tribunal, recebesse uma indemnização de Paulo Rocha.

Foi a curva descendente dos membros da banda de sucesso, que agora volta a unir-se, 25 anos depois, numa nova fase da vida e com muita vontade de emocionar e surpreender os fãs.

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